quarta-feira, 30 de abril de 2008

Batata assada e couve à mineira

Mais uma baked potato delícia. Fechando o mês de abril com chave de ouro, um prato fácil de fazer e absolutamente saboroso. E, na minha opinião, perfeito pra dias fresquinhos e chuvosos. Batata assada simples, sem recheio, servida com muita couve manteiga preparada à moda mineira- com bastante alho e cebola.

A batata: lave e escove bem. Deixe a casca. Pré-aqueça o forno a 400 graus Farenheit (uns 200 Celsius). Faça furos na batata com um garfo umas 8 vezes e envolva-a em papel alumínio. Deixe-a no forno por mais ou menos uma hora, até que esteja macia quando perfurada com o garfo. Quando estiver pronta, retire o papel e deixe esfriar.

A couve: numa frigideira média, fogo baixo, uma colher de azeite e deixe dourar o alho e a cebola. A couve-manteiga, lavada e cortada em tiras, vai ser frita por uns 10 minutos. Ela vai encolher bastante. Jogue um pouquinho de sal em cima, pra dar gosto.

Bom apetite!

Mês de maio chegando e que ele traga muita luz pra todos nós e, claro, menos sofrimento e cada vez mais e mais compaixão pelos queridos animais...

terça-feira, 29 de abril de 2008

Ovocausto

Lembra que outro dia eu falei aqui sobre a tortura e os abusos que os animais sofrem por seu leite e ovos? Pra saber mais sobre como o consumo de ovos afeta de maneira terrível a vida dos pobres animais, tanto galinhas quanto galos machos, de uma olhada aqui. As informações estão em português. Vale a pena.

Aproveite para assinar a petição exigindo do governo brasileiro o fim das gaiolas convencionais para galinhas. Aquelas sobre as quais eu falei naquele mesmo post. Leva 2 segundos pra assinar a petição, basta colocar seu nome e um endereço de email. Vai lá.

Se os animais pudesse falar, eles agradeceriam muitíssimo. Obrigada!

1º Salão Vegetariano no Ibirapuera, São Paulo

Essa semana acontece o 1º Salão Vegetariano no Ibirapuera, São Paulo:

Tornar-se vegetariano também é uma prova de amor ao planeta. Pense nisso. Saiba mais sobre o assunto no site da Sociedade Brasileira de Vegetarianismo.

Seminário dia 1 de Maio
Alimentação Ética, Saudável e Sustentável

10:00-10:45
Benefícios para a Saúde da Alimentação Vegetariana
Dr. Eric Slywitch

10:45-12:15
Vegetarianismo:
Bom para as Pessoas. Bom para os Animais. Bom para o Planeta
Marly Winckler

14:00-14:45
Exploração Animal: Proposta de Abolição
Nina Rosa Jacob

14:45-15:30
A Alimentação do Esportista/AtletaVegetariano
Priscila Di Ciero

15:30-16:30 Veganismo e Sustentabilidade (G)local
Dra. Paula Brügger

http://www.svb.org.br/sp/seminario.htm

Via Carbono Zero

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Arroz selvagem e mix de legumes com molho de amendoim

Arroz selvagem é pobre em gordura e rico em proteína, então, se você é como eu e adora arroz, sinal verde pra se esbaldar! Desta vez servimos com vagem e cenoura cozidos no vapor, com um delicioso molho de amendoim por cima (manteiga de amendoim orgânica, um pouquinho de água pra dissolver, alho em pó, pitada de molho shoyu e pimenta-do-reino; tudo bem misturado) e uma saladinha fresca de pepinos e rabanetes cortados bem fininho e salpicados com sal e pimenta.

Eu bem que avisei que a compaixão é MUITO saborosa. :)

Uma ótima semana pra todos nós!

domingo, 27 de abril de 2008

O tal do missô


Na tradição japonesa, missô é sinônimo de saúde e longevidade. Por ser fermentado longamente (no mínimo um ano, diz a receita clássica) tem uma grande quantidade de enzimas que contribuem decisivamente para a digestão da comida e eliminação dos resíduos. Limpa os pulmões e protege contra intoxicação por metais pesados e radiação atômica. Acrescenta energia yang ao organismo: calor, concentração, atividade. Missô é uma excelente fonte de proteína vegetal.

No processo de produção do missô, a soja é cozida no vapor, acrescida de sal e de um cereal fermentado (arroz, trigo, cevada, millet ou ainda a própria soja) e colocada para fermentar, passando por um longo período de “maturação”, dando origem ao missô avermelhado. Para fabricar o missô branco, a soja é cozida diretamente na água e o período de maturação é menor.

Missô é vendido na forma de uma pasta grossa, num pote que deve ir pra geladeira depois de aberto. Dura um tempão. Pode ser consumido cru. Cozinhar o missô muda seu sabor e valor nutricional. Quando usado para a sopa de missô, o prato mais popular feito com essa pasta, a maioria dos cozinheiros não deixa que o caldo ferva. Algumas pessoas vão ainda mais longe e só adicionam missô quando a mistura já esfriou um pouco, para preservar a atividade biológica do kōjikin (fungo usado na fermentação da soja no processo de produção do missô).

Aqui em casa a gente às vezes usa o missô no lugar de caldo de vegtais. Por exemplo, se uma receita pede um tablete ou meio copo de caldo de vegetais, é só dissolver uma colher de sopa de missô em meio copo de água e pronto. E ele é naturalmente salgadinho, então cuidado pra não salgar demais a sua receita. Sopa de missô é a melhor coisa pra curar resfriado. Dá uma recarregada incrível na energia física.

Via http://correcotia.com/, http://www.japaobrasil.com.br/ e http://en.wikipedia.org/

Foto via http://www.tokyokan.fi/products.html

sábado, 26 de abril de 2008

Café-da-manhã, minha refeição favorita

Clique na foto pra ficar com água na boca!

Tofu mexido com uma pitada de coloral, cebolinha, salsinha, sal e pimenta-do-reino. Depois de drenar o tofu (do tipo firme), aperte-o com uma toalha de papel por alguns minutos, corte-o em cubos e numa frigideira com um pouquinho de margarina vegana já derretida em fogo baixo, misture o tofu com coloral até os pedacinhos ficarem parecidos com a foto acima. Como se fossem ovos mexidos. Adicione então a cebolinha, salsinha, sal e pimenta-do-reino.

Sirva com torradinhas de pão azedo (sourdough bread) com "cream cheese" e cebolinha por cima. Hmmm...yummy!

E assim começa um ótimo final de semana!

Enjoy!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Só pra lembrar...

Vegano é alguém que tenta evitar - tanto quanto é possível e prático - todas as formas de exploração dos animais por comida, roupas e qualquer outro motivo. Isso é praticado em benefício das pessoas, dos animais e do meio-ambiente. Veganos se alimentam de uma dieta vegetal, livre de quaisquer produtos animais como carne, leite animal, ovos, mel e gelatina. Também evitamos produtos animais como couro, lã e seda para a vestimenta e outros propósitos.

Tradução minha da definição oferecida pela Sociedade Vegana.

*A tattoo é de verdade e novíssima. Mais uma pra coleção... Eita vício, viu? :)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Wrap vegano

Wraps são sanduíches "embrulhados". São muito práticos porque você pode usar o recheio que quiser e também o tipo de pão que bem entender (contanto que esse pão seja "embrulhável"): tortillas mexicanas, pita (o pão sírio, no Brasil), crepes e até simplesmente alface ou couve. Pelo menos umas duas vezes por mês eu preparo uns 2 ou 3 wraps diferentes e levo pro trabalho. Deixo na geladeira e rende almoços simples e deliciosos, acompanhados de um suco de laranja ou maçã bem geladinho e às vezes, batatinhas chips também.

Dessa vez resolvi fazer um wrap usando hummus, aquela famosa pasta de grão-de-bico, como base. A receita está aqui.

Na foto acima, a consistência que o hummus deve ter.

Essa (acima) é a marca de tahini que a gente compra. Mas lembre-se de que dá tranqüilo pra fazer em casa. Aqui eu expliquei como. A mão linda e macia na foto é de R, meu chef delícia. :)

Para o wrap que eu fiz dessa vez, usei brotos de alfafa orgânicos, de um mercado fofo aqui perto chamado "The Health Nuts". :) ADORO alfafa. Pode me chamar de égua, hehe. O pão usado foi uma tortilla de trigo integral, super fininha. Coloquei 15 segundos no microondas pra ela ficar molinha e fácil de enrolar.

Aí, sobre a tortilla, vão os ingredientes do recheio. Use a imaginação e coloque os seus favoritos. Dessa vez usei uma porção generosa de hummus, os brotos de alfafa e cenoura crua cortada em fatias fininhas- sem esquecer uma pitada de sal e pimenta-do-reino. Depois de enrolar o wrap, com uma faca afiada, corte bem no meio.

Deliciosa refeição: leve e livre de crueldade! :) Bom apetite!

Abaixo, um video ensinando como fazer e enrolar um wrap:



P.S. Estou escutando "Here Comes the Sun" nesse exato momento, com o genial, imortal, George Harrison. E faz o maior sol de primavera em Nova York hoje. Inspiração total! Espero que o seu dia também seja iluminado!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Nossa micro e nossa macro culpa

Sobre o consumismo excessivo-
Nós estamos psiquicamente anestesiados. Nós anestesiamos nossos sentidos da manhã ao anoitecer. Seja com barulho ou música alta, ou luzes à noite. E aí, ninguém vê a beleza. E se nós perdemos o senso da beleza do mundo, então estamos procurando por substitutos. Eric Hoffer disse, "Você nunca consegue se satisfazer com algo que não quer realmente". Isso significa que a gente corre pra lá e pra cá, com essa permanente necessidade, e a perda, a sensação de perda, é que a gente não sabe o que realmente perdeu. O que a gente perdeu foi a beleza do mundo. E a gente tenta remediar isso tentando conquistar o mundo, ou possuir o mundo.

Sobre a exploração do planeta-
Dá pra ver do espaço o quanto a raça humana mudou o planeta Terra. Praticamente toda a terra disponível foi dizimada em suas florestas e agora é usada para agricultura (não a agricultura que vai alimentar os humanos, mas a que vai alimentar os animais que serão mortos estritamente para o consumo de sua carne pelos humanos) ou para o desenvolvimento urbano. As geleiras polares estão encolhendo e os desertos aumentando. À noite, a Terra não é mais escura e grandes áreas do planeta estão iluminadas. Tudo isso é prova de que a exploração humana do planeta está atingindo um limite crítico. Mas a demanda e expectativa humanas continuam aumentando. Nós não podemos continuar a poluir a atmosfera, envenenar o oceano e exaurir a terra. Não há muito mais à disposição.
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Este post faz parte da blogagem coletiva de hoje sobre o Dia da Terra. Pensemos todos sobre o planeta Terra, cuja humanidade está à beira de provocar a própria extinção, apesar de ser tão nova em termos universais. E façamos algo imediatamente, cada um de nós, mínimo que seja, para tentar reverter essa tragédia.

O primeiro texto, no início do post, é um depoimento original do psicólogo James Hillman. O segundo, logo abaixo da foto, é do cientista Stephen Hawking, professor de matemática da Universidade Cambridge.

Ambos os textos foram obtidos no documentário The 11th Hour. Versão livre minha. Assista a esse documentário, produzido e narrado pelo ator Leonardo DiCaprio. É bem mais otimista que este post e sugere idéias e ações reais que estão sendo e que podem ser feitas pra reverter esse quadro assustador pelo qual a Terra está passando.

Earth Day website.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Mas o que é que um vegano come?



Hehe, a pergunta que nunca cala. Mas com esse video, até carnívoro fica com água na boca. Então, já sabe. Quando te fizerem a famigerada pergunta, manda o video neles. :)

O blog da autora do video e dessas delícias está aqui.

Via Vegan Soapbox.

domingo, 20 de abril de 2008

Palestra sobre Veganismo em Sampa

Palestra "VEGANISMO", com Bruno Müller - 27/04/2008 (domingo) 12h

Fundamentos para a superação do antropocentrismo e da dominação e exploração no Mundo Animal

* Antropocentrismo
* O que é Veganismo?
* Fundamentos do Vegetarianismo
* Direitos dos Animais: Histórico
* Direitos Animais: Fundamentos
* Abolicionismo: Fundamentos
* Tipos de Exploração e Dominação:
* Especismo
* E os Vegetais?

Centro Cultural Jabaquara - São Paulo
Rua Nadra Raffoul Mokodsi, nº 3 (a 500 m do metrô Jabaquara - vir pela Rua Francisco de Paula Quintanilha)

Lanche gratuito vegano!

Mais informações aqui.

sábado, 19 de abril de 2008

Ravioli vegano

Um prato desses num jantar para os amigos, não só impressiona pelo visual, como é delicioso e altamente saudável! A massa do ravioli foi comprada num supermercado aqui perto (cheque os ingredientes pra ter certeza de que não contêm ovos) e o molho marinara também é fácil de encontrar por aí ou preparar. A verdura no centro do prato, é uma mistura de espinafre com couve crespa salteados em azeite (na frigideira, adicione um pouco de óleo de gergelim e molho shoyu pra dar um gostinho bom)- comece salteando a couve e só quando ela estiver macia você adiciona o espinafre e mistura tudo na frigideira. A lingüiça italiana (de soja) é apimentada- tipo toscana.

Bom final de semana!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

O mercúrio e sua relação com o Autismo

Eu tinha lido um artigo recente da revista Animal Times, onde o médico Neal Barnard, falou da possível relação entre o elemento mercúrio, que é altamente tóxico, e a desordem neurológica conhecida como autismo. Como a Isabella tinha acabado de me convidar pra blogagem coletiva de hoje, dei uma traduzida no artigo e aqui está.

Pesquisadores da Universidade do Texas atribuíram ao mercúrio de fontes industriais, o aumento na taxa de autismo e, recentemente, mais um estudo foi publicado. Mady Hornig, uma epidemiologista da Universidade Columbia, aqui em Nova York, acredita que o mercúrio no óleo de peixe pode também estar causando autismo.

O doutor Philip W. Davidson, professor de Pediatria e chefe do "Strong Center for Developmental Disabilities" da Escola de Medicina da Universidade de Rochester/NY, estudou a exposição de mulheres grávidas e seus bebês, nas ilhas Seicheles, na África, onde a população consome grandes quantidades de peixe. Os dados sugerem que a exposição do feto ao mercúrio pode mesmo causar autismo.

O mercúrio é uma das substâncias que mais prejudicam o sistema nervoso. Além da suspeita dessa ligação dele com o autismo, o mercúrio também causa defeitos no feto, falência dos rins e câncer.

A quantidade de mercúrio nos peixes e frutos do mar tem aumentado muito com a poluição dos oceanos. Uma pequena quantidade, como uma colher de chá, é suficiente pra fazer os peixes de um lago de 8 hectares impróprios para o consumo humano.

Praticamente todos os peixes e frutos do mar contêm traços de mercúrio, mas em especial o atum, o peixe-espada e outros peixes grandes, de vida longa, são os que mais acumulam mercúrio.

Pra proteger os bebês desse elemento nocivo ao cérebro, a FDA (agência americana que regula os alimentos e remédios) e a Agência de Proteção Ambiental advertem às mulheres grávidas e/ou amamentando, ou às que querem ter filhos, para que limitem seu consumo de peixe gorduroso e oleoso.

Já eu, assim como o doutor Barnard, recomendo que todo mundo evite comer peixe. Ainda de acordo com o doutor, apesar da carne de peixe conter ácidos graxos ômega-3 (que são bons pra saúde), de 15 a 30% da gordura do peixe é saturada, ou seja, ruim. Carne de peixe contém colesterol e altos índices de PCBs (resíduos de componentes industriais que podem causar falência do fígado).

Você pode obter ácidos graxos ômega-3 e outros nutrientes, na semente de linhaça, no óleo de linhaça, nas nozes, nas verduras verde-escuras, e através de suplementos de ômega-3 vegetarianos.

Não há necessidade de se comer peixe.


ESSE POST FAZ PARTE DA BLOGAGEM COLETIVA DE HOJE SOBRE O AUTISMO.

Pra entender mais sobre o Autismo, clique aqui.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Tofu assado com couve e cuscuz marroquino

Tofu assado na grelha é fácil, leve e delicioso. O cuscuz marroquino a gente compra de pacote - leva 5 minutos pra ficar pronto - e a couve foi feita à mineira, coisa que todo brasileiro sabe preparar. :) A salada levou cenoura, rabanetes fatiados bem fininho e tomates.
Refeição colorida é refeição saudável.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Encontro Brasileiro sobre Direitos Animais

De 1 a 4 de maio 2008:


A organização do encontro está sendo realizada pelo VEDDAS e dirigida pelo Dr. George Guimarães. Mais informações aqui.

Via Seja Vegetariano.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Terça-feira com falafels

A gente ADORA falafels. São bolinhos fritos que parecem porpetas italianas, mas são na verdade um prato árabe e não levam carne nenhuma. São feitos com grão-de-bico.

Ingredientes:
  • 1 lata de grãos-de-bico cozidos - drene a água, passe-os embaixo d'água e separe
  • 4 tiras de cebolinha, picadas
  • 3 dentes de alho picados
  • 2 colheres (sopa) de farinha de trigo
  • 1 colher (chá) de fermento em pó
  • 1 colher (chá) de cominho
  • Sal e pimenta
  • Salsinha picada- pode ser desidratada
Misture no processador o grão-de-bico, a cebolinha e o alho, até formar uma pasta. Transfira essa pasta para uma tigela, adicione a farinha, o fermento, cominho, sal, pimenta e a salsinha picada e misture tudo muito bem com uma colher. Se parecer muito seco, acrescente um pouquinho de água (mas só um pouquinho). Faça bolinhos redondos com a mão e frite-os em óleo quente.

Geralmente falafels são servidos com tabuli e/ou hummus e com pão sírio tipo "pita", mas aqui em casa vale tudo e nossos estômagos são cosmopolitas, hehe. Servimos dessa vez com salada crua e purê de batatas- sem deixar de fora o delicioso molho de tahini. Ficou bom demás!

Clique aqui pra ver um video que mostra como fazer falafels (em inglês).

domingo, 13 de abril de 2008

10 técnicas úteis para veganos lidarem com não-veganos:

1. Seja específico. Às vezes você tem que explicar o que significa ser vegano ou pedir alguma informação específica como: "tem caldo de frango nessa sopa?". Os erros que não-veganos cometem são inúmeros, nem dá pra listar aqui, mas algumas confusões comuns são:

a) Muita gente ainda acha que peixe e frango são comida vegetariana. Lembre-os de que não são;
b) Muita gente não entende o que significa "laticínios" e pensa que manteiga e iogurte (principalmente se for "fatfree") é vegano. Lembre-os de que "laticínios" são TODOS os produtos derivados do leite;
c) Muita gente se esquece dos caldos (de carne ou galinha), gordura, e outros pequenos detalhes. Se você acha que tal comida pode conter esses ingredientes, pergunte.

2. Seja positivo- ou o máximo que puder. Tente fazer com que o seu veganismo seja educado e fácil aos outros, não negando isso à você mesmo, mas adotando uma política educada para com o outro.

3. Seja confiante. Lembre a você mesmo dos seus objetivos e haja com confiança e determinação em relação à eles.

4. Seja generoso. Doe quando e onde puder. Isso faz bem e espalha o bem.

5. Seja firme. Só porque os veganos são minoria, não quer dizer que a gente mereça ser tratado como um problema. Nossas necessidades são tão importantes quanto as de qualquer um. Então, bata o pé por suas necessidades e seja firme quando pedir comida vegana.

6. Seja atencioso. Seja respeitoso, atencioso e sensível.

7. Esteja preparado. Leve sempre uma "refeição de emergência com você" (eu sempre tenho na bolsa uma barra de cereais vegana). Isso faz a vida mais fácil. Você pode ter consigo um saquinho com nozes, amendoins ou amêndoas, uma barra de cereais ou uma fruta. Ter algo pra comer vai sempre deixar todo mundo mais confortável numa situação não-vegana.

8. Esteja informado. Quanto mais você souber, mais preparado estará pra todos os tipos de situação. Há cada vez mais fontes de informação sobre o veganismo à disposição. Hoje em dia, há livros, websites, restaurantes, grupos de discussão, comunidades, videos, podcasts e todo tipo de recurso. Use-os!

9. Seja bem-humorado. Às vezes é difícil encontrar humor num mundo tão trágico como o nosso, mas ele existe. Encontre humor e graça nas situações e use-os.

10. Ponha a boca no mundo. Os animais não têm voz nesse nosso sistema. A voz dos veganos é a voz dos animais. Use-a!


*Via Vegan Soapbox, que pegou a idéia original pra esse post no blog Food for Thought. Adaptação livre minha.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Legumes com molho de tahini e quinoa

Dessa vez usamos brócolis, abobrinha e cenoura cozidos no vapor.

Pra preparar a quinoa: 2 xícaras de água, 1 xícara de quinoa lavada e seca, 1/4 colher de chá de sal. Ponha tudo numa panela, tampe e deixe em fogo alto até ferver. Então, diminua o fogo e deixe assim por 15 minutos. Quando a quinoa estiver translúcida e macia, está pronta.

Pra fazer tahini (se você não quiser ou puder comprar pronto) basta moer 1 xícara (chá) de sementes de gergelim com 1 colher (chá) de óleo de gergelim num processador. Vá adicionando água morna devagarinho, até que fique com a consistência que você gosta. Acrescente um pouquinho de sal, também.

Ah, delícias simples dessa vida...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Vegan Soapbox rocks!

Vegan Soapbox é mais que um blog. É um site variadíssimo, com muita informação atual, dicas bacanas e tudo o que você precisa saber pra levar uma vida vegana saudável e fabulous. Eu leio quase que diariamente.

Aí, outro dia, esse blog sorteou um livro de receitas veganas e bastava deixar um comentário pra concorrer. Adivinha quem ganhou? :) Euzinha, mesmo! Tão legal isso. Me senti sortuda. O pessoal do Vegan Soapbox me mandou um email avisando que eu tinha sido sorteada e pedindo um endereço pra me mandar o livro. E chegou ontem!

O mais legal é que a gente queria muito esse livro. Vegan Planet, da Robin Robertson - cujo blog eu também visito sempre que posso - é sensacional. Tem 400 receitas e altas dicas veganas. Adorei!

Clique aqui pra ouvir o podcast com uma entrevista recente (em inglês) com a Robin Robertson.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Mais um selinho pro blog!

A Carla recebeu esse selinho, que foi criado pela Gabi, e indicou a que aqui vos escreve como uma diva - mas no bom sentido! :) Segundo a descrição oficial do selinho, "divas são todas as blogueiras que são lindas, corajosas, engraçadas, inteligentes e admiráveis".

Muito obrigada pelo carinho, Carla! Saiba que você também é muito admirada!

Cereal

Café da manhã vegano é bom porque dá pra consumir muitos alimentos fortificados (com vitamina C ou ferro ou cálcio, dependendo da marca e do tipo de alimento). Cereal de aveia é excelente. Eu preparo o meu com leite de arroz e canela salpicada por cima. E fica melhor ainda com frutas: banana em rodelas, blueberry, morango... Esse cereal da foto (cuja marca não me lembro agora, sorry!) é fortificado com vitamina C e vitamina E. Café da manhã cheio de fibras e delicioso.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Sopa tailandesa à moda da Deinha

*Receita picante. Mais um post requentadinho do outro blog. Mas vale a pena, néam?! :) Recentemente fiz de novo e ficou ótima. E ainda continua friozinho aqui em Énuái, então resolvi repetir.

Essa receitinha vai pra minha mãe, junto com uma beijoca estalada e um abraço bem apertado de Feliz Aniversário! Mãe, tô aqui longe, mas meu coração tá sempre com a senhora. Te amo muito!


Ingredientes da sopa:
  • 2 colheres de sopa de óleo vegetal (não azeite de oliva)
  • 4 dentes de alho, amassados com a lateral de uma faca
  • 2 xícaras de chá de caldo de vegetais e 1/2 de água
  • Uns 60 gramas de "glass noodles" (aquele macarrão transparente chinês) - deixe-o de molho por 10 minutos em água morna, pra amaciar, e escorra água.
  • Uns 100 gramas de cogumelo (escolha o seu tipo favorito), fatiado
  • Uns 80 gramas de tofu firme, cortado em cubos
  • Opcional: 1 colher de sopa de alga nori torrada- pra torrar, segure uma folha da alga (usando um pegador de macarrão) 10 centímetros acima do fogo e aqueça-a 1 min. de cada lado. Deixe esfriar e esfarele com a mão.
  • Meia colher de sopa de pimenta (tipo chili) moída
  • 2 colheres de sopa de molho shoyu light
  • Pitada de sal
  • Cebolinha cortada em rodelas
Modus operandi

Numa panela média, aqueça o óleo e adicione o alho. Frite-o por 30 segundos. Acrescente o caldo de vegetais e a água e aumente o fogo. Deixe até ferver. Acrescente o cogumelo e deixe cozinhar por uns 3 minutos. Junte os noodles e o tofu e misture bem com um garfo. Adicione a alga nori esfarelada, a pimenta moída, molho shoyu e sal, e mexa de novo. Se o cogumelo já aparenta estar cozido, retire a panela do fogo e sirva a sopa em tigelas individuais, salpicando a cebolinha por cima.

Serve 3 a 4.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Casey Affleck, um vegano sensacional


Order a FREE 'Vegetarian Starter Kit' at GoVeg.com.

Tradução minha:

Eu sou Casey Affleck, pelo Peta (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais).

Quando me perguntam por quê eu não como carne, nem qualquer outro produto animal, eu digo: porque não são saudáveis e porque são produtos de uma indústria violenta e desumana.

Galinhas, vacas e porcos em fazendas-matadouros, passam toda a sua vida em condições nojentas, apenas pra sofrer uma morte prolongada e dolorosa.

Seus corpos então são transformados em produtos comestíveis que comprovadamente contribuem para doenças cardíacas e câncer. Comer isso significa ingerir veneno.

Por favor, não contribua com uma indústria que faz produtos nocivos através do sofrimento animal.

Eu sou Casey Affleck e sou vegetariano.

sábado, 5 de abril de 2008

Sopa e espetinhos veganos

A gente tinha um monte de legumes frescos na geladeira e resolvemos cada um preparar algo diferente pro jantar, mas que combinasse.

R fez a sopa do jeito que eu gosto, bem light, ralinha, mas super saborosa e apimentada. 6 xícaras de água numa panela média, tipo caldeirão, fogo alto. Adicionou alho, gengibre, 1 cubo de caldo vegano Garden Veggie (que pode ser substituído por caldo de vegetais normal ou 1 colher de missô dissolvido em um pouco de água), aspargos (sem as pontas grossas, que foram descartadas e sem a parte fina, de cima, que foi separada), fatias finas de pimentão vermelho e de cenoura. Deixou ferver e diminuiu o fogo. Deixou cozinhando por uns 15 minutos. Nos últimos 5 minutos, incluiu as pontas finas dos aspargos e abobrinhas fatiadas bem fininho.

Eu fiz os espetinhos - churrasquinho vegano. Drenei o tofu, deixei secar por uns minutos pressionado em papel-toalha, cortei em cubos gordos e deixei marinando por 40 minutos (foto acima).

Enquanto o tofu ficou marinando, cortei os legumes escolhidos em pedaços médios e separei os espetinhos de metal. O molho do tofu foi feito misturando manteiga de amendoim orgânica, um pouquinho de água pra dissolvê-la, alho picado, gengibre fresco picado, um pouquinho de óleo de gergelim, molho shoyu light e salsinha desidratada.

Depois que preparei os espetinhos com pimentão vermelho, abobrinha, cogumelo e o tofu marinado, e coloquei-os numa fôrma (foto ao lado), espalhei o resto do molho nos legumes com um pincel, dos dois lados. Deixei o forno aquecer por 10 minutos e coloquei os espetinhos pra assar na parte mais baixa do forno, que na verdade é a grelha. Leva só 5 minutos de cada lado pra ficar pronto.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Por que não consumir ovos ou laticínios?

Apesar da crença comum de que beber leite de vaca (ou de cabra) e consumir ovos de galinha não mata os animais, as vacas criadas para a comercialização de leite e as galinhas criadas para o comércio de ovos - não importa se em fábricas-criadouros ou "criadas soltas" - todas são mortas quando sua produção de leite e ovos declina.

Os mesmos métodos usados nos matadouros de produção de carne, são usados para produzir leite e ovos. Essas vacas e galinhas vivem sua curta vida presas em espaços minúsculos e escuros, drogadas, mutiladas, e privadas de suas necessidades mais básicas.

Nas fazendas de criação americanas, uma média de 7 galinhas poedeiras passam suas vidas inteiras numa área do tamanho de uma capa de disco de vinil. Vivendo sobre uma superfície de fios de metal que deformam seus pés, em gaiolas tão pequenas que é impossível esticar suas asas, e cobertas de excrementos que caem das gaiolas acima delas, essas galinhas sofrem paralisia, doenças ósseas e bicam-se obsessivamente- esse último comportamento é evitado cortando-se os bicos delas quando ainda são pintinhos. (Sem anestesia, claro).

*Clique na foto acima pra ampliá-la e note os bicos cortados.

Apesar das galinhas poderem viver até os 15 anos, elas são geralmente mortas quando sua produção de ovos diminui, depois de 2 anos. Essas fazendas não têm como usar os machos (os galos) então, quando eles nascem são sufocados, decapitados, jogados fora (como se fossem lixo) ou moídos (ainda vivos) em máquinas industriais. Eu vi alguns videos - com imagens que mostram como eles se livram dos pintinhos machos - videos feitos clandestinamente (escondido) dentro de algumas dessas fazendas/criadouros e não pude acreditar no que meus olhos viram. Apavorante, no mínimo. Não vou postar nenhum desses videos aqui porque é muito chocante. Usem a imaginação e acreditem no que eu digo.

Como qualquer mamífero, as vacas produzem leite quando estão grávidas e páram depois que seus bezerros desmamam. Quando uma vaca criada para a comercialização de leite dá à luz uma vaquinha fêmea, essa vaquinha se torna automaticamente uma vaca leiteira - nascida para viver nas mesmas condições (miseráveis) que sua mãe. E quando uma vaca dá à luz um bezerro macho, ele é vendido para um matadouro com apenas alguns dias de vida, onde ele será acorrentado em um estábulo, privado de comida e exercícios, e logo morto pra ser vendido como vitela.

A vida para a mãe desse bezerro, vai durar apenas alguns anos. Por não ser lucrativo manter as vacas vivas depois que sua produção de leite diminui, as vacas são geralmente mortas aos 5 anos de idade. Portanto, a média de vida de uma vaca, que é de 25 anos, é cortada em 20 anos, apenas pra manter os custos baixos e maximizar a produção.


Hoje em dia, as fazendas de criação de animais não são como aquelas que aprendemos na escola; elas são indústrias mecanizadas onde o bem-estar animal é de muito pouco interesse comparado com o interesse pelos lucros.

O Veganismo é o estilo de vida mais consistente com a filosofia de que os animais não existem para o nosso uso.

Informações via Vegan Action- tradução livre minha.

Fotos via Indybay e Humane Society.

Pra ler mais sobre Veganismo, leia outros posts meus, relacionados abaixo em ordem cronológica, desde o comecinho do blog:

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Salada mix com tofu assado

Prato perfeito pra emergências (ou dietinhas) porque é rapidíssimo, light e delicioso. Tofu extra-firme assado na grelha, a parte mais baixa do forno, servido com uma saladinha crua que inclui: cenoura cortada em tiras, alface picado, repolho roxo picado e avocado (abacate pequeno) picado. Ah, santo tofu...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Madras Café

Madras Café é um dos poucos restaurantes indianos de Nova York que são vegetarianos com opção vegana. E olha que aqui tem restaurante indiano a dar com pau.

O lugar é confortável, o serviço é okay, os preços são bons e a comida é deliciosa. Experimentei o prato Yogis Special, por recomendação do Gerald Thomas (que trabalhou lá há muuuito tempo, junto com Philip Glass- é mole?!). E eu recomendo, também.

O Yoggis Special (foto acima) é um prato completamente vegano e inclui, em sentido horário, começando pela direita: Roti: pão feito de farinha integral; Samosa: bolinho frito com recheio de batata, ervilha e especiarias; O molho verde ao lado da samosa é feito de coentro, hortelã e pimenta; Sopa Mulligatawny: versão vegana de sopa anglo-indiana apimentada, feita com lentilhas e legumes; Saladinha crua de cenoura, pepino e cebola picados; Channa saag: grão-de-bico e espinafre preparados com curry (divino); TVP curry: pedaços de proteína texturizada de soja salteados com ervilha, tomate e gengibre com um pouquinho de curry (espetáculo); Pudim de arroz de sobremesa; Arroz basmati no centro do prato.

Apesar de ser um pouquinho de cada coisa, dá pra ver que vem bastante comida. Se eu não fosse tão gulosa, dividiria esse prato numa boa. :)

O endereço do Madras Café é 79 2nd Avenue, entre as ruas 4 e 5, no East Village. Telefone: (212)254-8002.

Como fazer cream cheese vegano em casa

A Flavia disse que ficou agüada pelos sanduichinhos de tofutti cream cheese e pepino, e eu saí à caça de uma receita de cream cheese vegano caseiro, já que no Brasil, esse produtos já prontos ainda vão demorar a chegar, infelizmente.

Cream Cheese (de tofu) caseiro:

1 xícara e meia de tofu
1/2 colher (chá) de sal
1/8 colher (chá) de sementes de alcarávia
1/4 colher (chá) de endro
Suco de 3 limões pequenos
2 colheres (sopa) de água

Ponha todos os ingredientes num liqüidificador e misture-os até que fique tudo cremoso.

Sirva como recheio de batata assada (baked potato) ou como patê, no pão ou torrada de sua preferência.

*Fla, eu não sei o que são essas sementes de alcarávia, mas caso você não as encontre por aí, acredito que isso não vá detonar a receita. Se alguém tentar fazer, por favor me conte depois!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Paella de aspargos

Esse é um prato de origem espanhola. A palavra paella vem do catalão para "frigideira". Os três ingredientes principais da paella são arroz, açafrão e azeite de oliva.

Para a nossa Paella vegana de aspargos:

1 cebola picada, 3 dentes de alho picados, 1/4 de xícara (chá) de azeite de oliva, 1 punhado de aspargos frescos (separe as pontas finas), 1 e 1/2 xícara (chá) de arroz arbóreo, 2 xícaras de água, 1 pitada de açafrão, sal e pimenta a gosto.

Numa panela de ferro, fogo baixo, frite a cebola e o alho no azeite e junte os aspargos. Mexa por uns 2 minutos, adicione o arroz e aumente um pouco o fogo. Continue mexendo por uns 5-8 minutos. Quando o arroz começar a ficar translúcido, adicione a água, sal, pimenta e o açafrão préviamente dissolvido em um pouquinho de água morna. Continue mexendo, agora por mais uns 5-8 minutos (enquanto o forno aquece a 400 graus F, ou uns 200 Celsius). Coloque as pontas finas dos aspargos por cima da mistura, tampe a panela e leve ao forno por uns 20 minutos.

Sirva por si só ou como na foto: com uma saladinha crua, 2 ou 3 fatias de cogumelos portobello grelhados e algumas rodelas de lingüiça vegana.

E que todos tenhamos um delicioso mês de Abril!

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