segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

domingo, 25 de novembro de 2012

Abóbora ao curry

Eu não me canso de postar receitas da culinária indiana. É tão gostoso, tão fácil de fazer e faz um bem. Além disso, essa cozinha é muito pouco divulgada no Brasil. Quando eu falo pras pessoas que adoro comida indiana, tem gente que nem conhece por aqui e nunca comeu.

Esse prato pode ser feito com chuchu, abobrinha, berinjela, pimentões... Substitua a abóbora por qualquer legume que você queira usar ou tenha em casa.

Ingredientes:
  • 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
  • 1/2 cebola média, picada
  • 4 dentes de alho, picados
  • 1/2 abóbora pequena (eu usei abóbora seca), descascada e cortada em cubos
  • 1/2 colher (chá) de cominho
  • 1/2 colher (chá) de coentro em pó
  • 1/2 colher (chá) de chilli em pó
  • 1/2 colher (sopa) de garam masala
  • 1 vidro de leite de côco (200ml)
  • sal e pimenta a gosto

Método:

1. Aqueça o azeite em fogo médio numa frigideira grande, de preferência de ferro. Salteie a cebola e o alho até dourarem.

2. Acrescente a abóbora, o cominho, o coentro, o chilli e o pozinho de garam masala. Misture tudo com cuidado por alguns minutos.

3. Adicione o leite de côco, o sal e pimenta, aumente o fogo e deixe assim até ferver. Aí diminua e deixe cozinhar em fogo bem baixinho, até amaciar a abóbora. O tempo de cozimento vai depender do tipo de abóbora. A abóbora seca é muito macia e rápida. Uns 10 minutos bastam.

Sirva com arroz branco e uma saladinha, como na foto.

Comidinha boa, não contem soja, glúten nem colesterol. É deliciosa, saudável e nenhum animal foi ferido ou morto na preparação desse prato. Como é bom saborear uma refeição compassiva, sem preocupação e sem consciência pesada!



terça-feira, 13 de novembro de 2012

A Engrenagem


Via Instituto Nina Rosa.

Assista, reflita, aja e repasse a informação. Seja vegano.

sábado, 3 de novembro de 2012

Muffins veganos de amora


Na verdade, eu peguei uma receita de muffins de blueberry e usei com as amoras. Deu super certo. Ficou da pontinha da orelha - e não precisou de fermento.

Tempo de preparação: 15 minutos
Tempo total no forno: 20 minutos
Rende 12 muffins

Ingredientes
  • 2 xícaras de farinha de trigo (usei 1 xícara da branca e 1 xícara da integral)
  • 1 e 1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
  • 1/2 colher (chá) de sal
  • 2 limões para ralar a casca no ralador mais fino que você tiver (lemon zest)
  • 3/4 de xícara de açúcar (nós usamos demerara orgânico)
  • 1 xícara de leite vegetal (nós usamos leite de arroz)
  • 1/3 de xícara de óleo de canola
  • 1 colher (chá) de extrato de limão - opcional
  • 1 colher (sopa) de vinagre branco - pode ser vinagre de maçã
  • 1 xícara e 1/2 de amoras frescas, limpas (eu as deixei inteiras, não cortei nem amassei)
Preparo
  1. Pré-aqueça o forno a 190°C (375F) por 15 minutos. Unte uma fôrma de muffins levemente com um pouco de óleo de canola. 
  2. Numa tigela média, misture as farinhas, o bicarbonato, o sal e as raspas de limão.
  3. Numa tigela grande, coloque o açúcar, o leite, o óleo, o extrato, e o vinagre. Misture tudo muito bem.
  4. Adicione os ingredientes secos a essa tigela e mexa tudo com cuidado. Não misture demais - só até combinar os ingredientes.
  5. Cuidadosamente, adicione as amoras a essa mistura com a ajuda de uma espátula de borracha.
  6. Preencha a fôrma de muffins, colocando a mistura em até 2/3 de cada buraco.
  7. Asse por uns 20-25 minutos, ou use o velho método de enfiar um palito e ver se ele sai limpinho.
  8. Deixe esfriar por 5 minutos antes de servir.


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

sábado, 27 de outubro de 2012

Risoto de erva-doce


Um dos melhores risotos que já comi nessa vida. A receita caseira porreta é do marido...

Ingredientes

  • 1 cebola média
  • 1 cenoura média
  • 1/2 pimentão vermelho
  • 1 talo de aipo
  • 1 bulbo de erva-doce

  •  Azeite de oliva
  • Sal grosso
  • Cúrcuma
  • Pimenta-do-reino
  • Arroz arbóreo
  • Ervas frescas

Preparo

Limpe, corte as pontas e pique os 5 primeiros ingredientes acima. Pré-aqueça o forno a uns 175°C. Enquanto isso, no fogão, ponha para aquecer em fogo alto uma panela que possa depois ir ao forno (nós usamos uma de ferro). Quando estiver aquecida, baixe o fogo para médio e adicione 3 a 4 colheres (sopa) de azeite. Acrescente os vegetais e 2 colheres (chá) de sal (nós usamos um sal grosso que já vem temperado com ervas).

Mexa frequentemente até que tudo amoleça. Adicione uma colher (chá) de cúrcuma, pimenta a gosto, e qualquer outro tempero seco ou em pó do seu gosto também, e na sequência 2 xícaras de arroz arbóreo.

Vá mexendo enquanto tudo cozinha, até que o arroz comece a ficar translúcido e um pouquinho tostado. Adicione um pouquinho de água se começar a grudar ou queimar.

Depois de uns 10 minutos de cozimento dos vegetais, 3-5 minutos de cozimento do arroz, acrescente 4-5 xícaras de água ou caldo de legumes, e as ervas frescas de sua preferência (picadas) - cebolinha, salsinha, tomilho, manjericão, etc. Misture tudo novamente, tampe a panela e coloque-a no forno. Deixe assar por uns 25 minutos. Voilá!


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Dia Mundial Vegano está chegando...


Clique no site do VEDDAS para saber os detalhes dos eventos.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Quiche de alho-poró e tomate seco

Adaptei essa receita do original que saiu na revista americana Vegetarian Times. É menos trabalhosa que a outra receita de quiche postada antes aqui.

Ingredientes:
  • 3 colheres (sopa) de azeite de oliva (separadas)
  • 1 talo grande de alho-poró picado (aproximadamente 3 xícaras) - dessa vez o meu só deu 2 xícaras e eu completei com 1 xícara de brócolis picado.
  • 450g de tofu firme drenado
  • 1 colher (sopa) de sumo de limão fresco - aquele amarelinho, mais doce
  • 2 colheres (chá) de missô
  • 2 dentes de alho picados bem fininho
  • 3/4 de colher (chá) de sal
  • 3/4 de xícara de farinha de pão integral (ou farinha de rosca) 
  • 1/4 de xícara de  manjericão fresco, picado
  • 1/4 de xícara de tomate seco reidratado e drenado (picado)
Preparo:

Aqueça 1 colher (sopa) do azeite numa frigideira grande em fogo médio. Adicione o alho-poró e salteie por 8 minutos, ou até que amoleça. Separe. (Não resisti e acrescentei uns temperinhos por conta própria na hora de fritar o alho-poró: pitada de sal, pitada de pimenta-do-reino moída na hora, pitada de noz-moscada moída na hora, pitada de coentro em pó e pitada de pimenta chili em pó).

Numa tigela grande, quebre o tofu com as mãos e amasse-o por alguns minutos até que fique parecido com ricota. Misture bem numa tigelinha separada o resto do azeite (2 colheres), o sumo de limão, missô, alho e sal. Transfira essa mistura para a tigela com o tofu e amasse tudo junto com um garfo. Junte a farinha de pão integral, o manjericão, tomate seco picado e o alho-poró. Misture tudo.

Transfira a mistura cuidadosamente para a massa de quiche previamente preparada (clique aqui pra pegar a receita). Asse por 40 minutos ou até que a massa fique bronzeada. Deixe esfriar por 5 minutos antes de servir.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Deinha (ou Nequinha, como minha mãe me chamava e chama até hoje) queria ser veterinária ou arqueóloga. Queria falar inglês, viajar o mundo e ser independente. Sonhava um dia ser uma profissional requisitadíssima, daquelas que só param em casa pra tomar um banho rápido e já sair para o próximo compromisso. Brincava de ser locutora - ouvia música o dia todo e com um gravador que pediu de Natal desanunciava o que tocou para ouvintes imaginários. Era tímida, mas muito invocada e comilona - uma mistura de Mônica e Magali. E queria defender os animais. Quando passava por um cachorro de rua, deixava os irmãos de saco cheio com a choradeira no carro. Se via um cão ou gato abandonado, pegava no colo e trazia pra casa, sem medo de ser mordida (isso lhe rendeu várias cicatrizes e nadinha de trauma de bicho).

Acho que ela se orgulharia de mim, mas diria que ainda é pouco, que dá pra melhorar. Sempre dá. ;-)

Hoje é Dia das Crianças e da padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, e por isso é feriado aqui. Aqui em casa, nós estamos comemorando 1 ano vivendo no Brasil. Estamos muito felizes e sempre que nos perguntam: mas dá pra ser vegano no Brasil? Nós dizemos, é claro que dá. Dá pra ser vegano em qualquer lugar. Basta querer. 

Tornar-se vegana foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado e só me arrependo de não tê-la feito antes. Se você quer deixar a criança que você era orgulhosa da pessoa que você é hoje, torne-se vegano. Pelos animais, pelo planeta, e por quem você quer ser.


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Grão de bico e batatas ao curry apimentado


Esse prato, chamado "chana aloo masala", é típico da India e BEM apimentado. Eu tinha quase todos os ingredientes, com exceção do gengibre, mas quando vi essa receita no site "all recipes", tive que fazê-la. Saí correndo pra comprar gengibre, e aqui está a receita traduzida. Aproveite!

Ingredientes

  • 4 batatas, descascadas e cortadas em cubos
  • 2 colheres (sopa) de óleo vegetal (usei canola)
  • 1 cebola cortada em cubos
  • 3 dentes de alho picados (usei 5)
  • 2 colheres (chá) de cominho em pó
  • 1 colher e 1/2 (chá) de pimenta caiena
  • 4 colheres (chá) de curry em pó
  • 4 colheres (chá) de garam masala
  • 1 pedaço de gengibre descascado e picado
  • 2 colheres (chá) de sal
  • 1 lata de tomate em pedaços (usei 1 xícara de tomate natural, picado)
  • 1 lata de grão de bico cozido, lavado e escorrido (usei 2 xícaras de grão de bico que tínhamos cozido no dia anterior)
  • 1 lata de ervilha cozida, escorrida (não usei dessa vez - esqueci de comprar)
  • 1 vidrinho de leite de côco

Método

  1. Coloque as batatas numa panela grande com água e sal. Ferva e reduza o fogo. Deixe cozinhando até amaciar - uns 15 minutos (no meu fogão levou 10mins).  Escorra e separe. 
  2. Enquanto isso, aqueça o óleo numa panela grande em fogo médio. Coloque a cebola e o alho e cozinhe até amaciar e ficar meio transparente - uns 5 minutos. Adicione o cominho, a pimenta caiena, o curry, o pó de garam masala, o gengibre e o sal. Misture tudo e deixe cozinhar por uns 2 minutinhos. Acrescente o tomate, o grão de bico, as ervilhas e as batatas. Quando estiver tudo bem misturado, adicione o leite de côco e baixe bem o fogo. Deixe tudo cozinhando por mais un 5 minutos. Pronto! Sirva com arroz branco ou uma salada.
Rende 6 porções

Informação Nutricional  

 

Quantidade por porção:  

Calorias: 407 | Gordura Total: 20.1g | Colesterol: 0mg

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Molho vinagrete de cebolinha e missô

Esse molho delicioso fica pronto em 10 minutos e é levíssimo. Peguei a receita no livro "Appetite for Reduction". A autora diz que dá vontade de botar esse molho em tudo, até no gato dela. :) É bom MESMO. Na foto acima, eu servi o molho sobre uma salada orgânica de alface bailarina rasgada, cenoura crua e beterraba crua picadas, e um pouquinho de cebola fatiada.

Ingredientes:
  • 1/4 de xícara de missô vermelho
  • 1 a 2 xícaras de cebolinha em pedaços (a quantidade vai variar de acordo com o seu gosto e o tipo de cebolinha [algumas são bem fortes], e não precisa picar demais)
  • 3 colheres (sopa) de vinagre de arroz
  • 2 colheres (chá) de gengibre fresco picado
  • 1 dente de alho
  •  2 colheres (chá) de agave nectar 
  • 2 colheres (chá) de óleo de gergelim torrado
  • 1/2 a 3/4 de xícara de água
Preparo:

Jogue tudo no liquidificador e bata até ficar uma mistura homogênea. Comece com 1/2 xícara de água e só adicione mais se quiser um molho mais fino. Leve à geladeira até a hora de servir. Rende 4 porções.

Cada porção (cerca de 1/4 de xícara) contém:

Calorias: 80
Gordura total: 2.5g
Fibras: 3g
Açúcares: 3g
Proteína: 1g
Vitamina A: 10%
Vitamina C: 15%
Calcio: 6%
Ferro: 4%

Essa receita não contém gordura saturada, gordura trans ou colesterol.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Biscoitos caninos (veganos, sem soja e sem glúten) da Clementine


Essa receita de biscoito canino vegano é uma homenagem ao aniversário da nossa querida Clementine. Em vez de usar farinha comum, usei farinha de aveia orgânica*.

Ingredientes:
  • 1 banana média bem amassada
  • 1 xícara e 1/2 de farinha de aveia orgânica
  • 1/2 xícara de farinha de milho
  • 1/2 xícara do leite vegetal de sua preferência (gosto do leite de aveia ou de amêndoas)
  • 3 colheres (sopa) de óleo de canola

Preparo:

Pré-aqueça o forno a 180°C por 10 minutos. Coloque tudo na batedeira, e usando o gancho ou a pá específica para massas, bata até ficar bem misturadinho. Estique essa massa com a ajuda de um copo comprido sobre uma superfície polvilhada com farinha de milho. Corte os moldes à vontade e transfira-os com cuidado para uma assadeira untanda com um pouco de óleo de canola. Deixe assar por uns 15-20 minutos, até que fiquem dourados. Deixe esfriar um pouco antes de servi-los.

Essa receita rendeu 30 cookies e não contém glúten nem soja. Receita aprovadíssima por Clementine e seus vizinhos aqui no prédio -- inclusive o namoradinho platônico, o beagle Ringo. 

 *Atenção: no Brasil a aveia é cultivada e processada nos mesmos locais que o trigo, a cevada e o centeio, ou seja, cereais que contêm glúten, o que provoca a chamada contaminação cruzada. Se preferir, use a farinha de grão de bico.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Feliz Aniversário, Clementine!


Parabéns, linda tangerina. 9 anos que passaram voando. Nós te amamos!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Hash Browns individuais ao forno


Receita obtida no livro Vegan Brunch, da Isa Chandra Moskowitz, que é simplesmente um gênio na cozinha. Hash Browns geralmente são fritos e supergordurosos, mas estes são sequinhos, crocantes e saudáveis. Se você sendo vegano/a já não sentia culpa de comer à vontade, imagina agora.

Hash Browns individuais ao forno

Ingredientes:
  • 1kg de batatas (usamos 3 batatas comuns médias)
  • 1/4 de xícara de óleo vegetal (usamos óleo de girassol)
  • 1 colher (sopa) de amido de milho
  • 1 colher (chá) de sal
  • 1/2 colher (chá) de pimenta-do-reino moída
Nossas adições (totalmente opcionais):
  • 1 colher (sopa) de salsinha fresca picada
  • 1 colher (chá) de coentro fresco picado
  • 1 colher (chá) de cominho em pó
Dá pra viajar nessa receita e adicionar os seus ingredientes favoritos: cebolinha picada, alho em pó, levedura nutricional, pimenta calabresa, alho-poró picado...

Preparo:

Pré-aqueça o forno a 400°F, que é mais ou menos 200°C e unte bem uma fôrma de muffin. Rale as batatas num processador (mas antes corte-as em pedaços menores) ou num ralador manual. Coloque-as no meio de um pano de prato e, apertando-as como se estivessem num saquinho, esprema-as sobre a pia para que o líquido escorra ao máximo. Essa é a parte mais chata da receita -- haja mão. Quando estiverem bem escorridinhas, estão prontas.

O restante da receita é bem mais fácil. Coloque as batatas raladas numa tigela grande e adicione todos os outros ingredientes. Misture bem. Coloque as batatas a colheradas na fôrma de muffins, enchendo até a boca. Asse por 30-35 minutos, até que as bordas fiquem douradas.

Deixe-as esfriar por uns 10 minutos e retire-as da fôrma com cuidado. Abaixo está a versão que fizemos numa fôrma refratária. Nem preciso dizer que fica tão bom quanto, né?


Caia de boca. Essa receita preciosa é livre de soja, glúten, gordura animal e colesterol ruim. Pra começar um feriadão a milhão. :D

domingo, 2 de setembro de 2012

Casey Affleck



Quando me perguntam por que eu não como carne ou qualquer outro produto animal, eu digo, "porque são insalubres e são produto de uma indústria violenta e desumana. Galinhas, vacas e porcos de fazendas industriais passam a vida inteira em condições abarrotadas e nojentas só para sofrer uma morte longa e dolorosa. Seus corpos são então transformados em produtos comestíveis que comprovadamente contribuem para doenças do coração e câncer. Comer aquilo é comer veneno". --Casey Affleck

Choose Veganism!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Inarizushi (ou Inari Sushi) 稲荷寿司

É uma bolsinha feita de tofu frito recheada apenas com arroz de sushi. O nome dessa iguaria é uma homenagem ao deus Inari, um deus Shinto que, acredita-se, gostava muito de tofu frito. E eu não o culpo, hehe. Há várias maneiras diferentes de preparar Inari Sushi. Ao comprá-lo, siga as instruções da embalagem, que podem variar dependendo do fabricante. Depois, preencha as bolsinhas com arroz de sushi e decore como quiser.


Arroz de sushi é diferente de arroz branco. É um grão mais curto e quando pronto fica grudento. Dá pra comprá-lo branco ou integral. Para preparar: 1 xícara de arroz de sushi, 2 colheres de sopa de vinagre de arroz (não use vinagre comum) e 1 colher de açúcar não-refinado. Numa panela comum, fogo alto, misture o arroz com 1/4 de xícara de água fria. Deixe ferver sem ficar mexendo. Então, baixe o fogo, ponha a tampa e deixe assim por uns 20 minutos, até ficar firme e absorver a água. Quando estiver macio, tire do fogo. Ainda quente, transfira pra uma tigela, adicione o vinagre e o açúcar devagar, misturando bem ao arroz. Cubra e deixe esfriar por uns 10-15 minutos.

Em Santos, comprei as "bolsinhas" de tofu na loja Oriental House, que fica na Rua Luis de Camões, 213, na Vila Matias. Eles vendem milhões de coisinhas orientais - é bem legal. Seguindo as instruções da embalagem, cortei as bolsinhas ao meio e fervi numa panela grande com água por alguns minutos, esperei esfriar um pouquinho e comecei a recheá-las do meu jeito. Decorei com tirinhas de alga marinha, couve manteiga crua, gergelim preto, molho de pimenta tailandes Sriracha e maionese vegana.

Agora veja as dicas preciosas da Merry, do restaurante Nagasaki Ya, aqui em Santos: 

A minha mãe dá uma "temperada" na bolsinha de tofu fervendo-a um pouquinho num caldo de água, com um fio de shoyu , pitada de açúcar e uma alga kombu ou shitake pra dar sabor de base. Outro macete é usar no tempero do arroz, quando você ferve o vinagre e açúcar, um pedacinho pequeno de alga kombu e uma pitada de sal. Você pode incrementar o inari com uma mistura de legumes, cogumelos (picadinhos e pré-cozidos no shoyu , alga e açúcar), misturados no arroz (usamos bardana, shitake, cenoura, uma alga miuda chamada hijiki, etc.) e é muito comum, quando o inari é só de arroz de sushi puro, enfeitar com gengibre curtido colorido picadinho em cima. (Esse gengibre chama-se benishoga). Ah, dica importante, depois que apagar o fogo do arroz, deixe-o com a panela tampada por pelo menos 20 minutos para ele ficar no ponto certo. Só depois é que se tira, tempera e esfria.

Obrigadíssima, Merry!!

 
Você pode inventar mil maneiras de decorar o seu Inarizushi e deixá-lo ainda mais saboroso. Crie, invente à vontade. Essa iguaria é deliciosa, nutritiva e livre de qualquer sofrimento animal. Aproveite!

おいしい     栄養価が高い      思いやり

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Contra os testes em animais - Entrevista

Assista abaixo a entrevista de George Guimarães, presidente da ONG VEDDAS, na Record News ontem:



Via Vista-se. Leia mais sobre experimentação animal no VEDDAS.

Você pode ajudar. Torne-se vegano. Boicote produtos e empresas que testam em animais.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Escondidinho de soja


Peguei essa receita deliciosa no blog Cantinho Vegetariano:

Ingredientes

Para o purê:
4 batatas grandes
2 colheres (sopa) de azeite
350 ml de leite de soja (eu usei leite de arroz)
Sal e pimenta a gosto

Recheio:
2 e 1/2 xícaras de carne de soja (PTS) granulada hidratada e escorrida
4 dentes de alho
1 cebola
Pimenta do reino, salsinha, cebolinha e cominho a gosto
Azeite para dourar os temperos
5 colheres (sopa) de shoyu

Preparo

Purê
Descasque as batatas, corte-as em pedaços menores e deixe cozinhar em água fervendo até ficarem macias. Em seguida, escorra a água e passe-as por um espremedor de batatas. Coloque as batatas espremidas em uma panela, leve ao fogo, junte os demais ingredientes e mexa por mais alguns poucos minutos. Reserve.

Recheio
Hidrate a proteína texturizada de soja (saiba como) e reserve. Numa panela, coloque o azeite e refogue o alho e a cebola até dourarem. Em seguida, coloque a salsinha, a cebolinha e a PTS. Refogue por alguns minutos e adicione o shoyu e o cominho. Refogue por mais alguns poucos minutos e desligue.

Montagem
Forre o fundo de um pirex com metade do purê. Em cima do purê, coloque o recheio de soja e finalize fazendo outra camada com o restante do purê. Leve ao forno por 15 minutos e está pronto!

sábado, 28 de julho de 2012

Tornar-se vegano -- o que muda?

Quando finalmente parei de comer peixes e crustáceos (já não me alimentava de nenhuma ave ou mamífero havia 15 anos) e me tornei ovo-lacto-vegetariana, já comecei a planejar uma transição para o veganismo. Não que seja necessário fazer transição. Conheço várias pessoas que foram de onívoras a veganas da noite pro dia. A maioria porque leu um livro que informava o que um onívoro está causando aos animais e ao planeta, ou porque assistiu a algum filme explicativo, como Terráqueos, por exemplo.

Mas cada um tem seu próprio tempo, sua maneira particular de mudar e se adaptar a novos hábitos. Eu decidi que pra mim seria melhor uma preparação mais cuidadosa, deixando aos poucos os laticínios e ovos cujo sabor eu tanto adorava. Descobri depois que na verdade laticínios viciam o organismo, então eu era mais “viciada” em queijos do que propriamente uma entusiasta de seu sabor.

Enquanto fazia a transição, comecei a procurar informação onde quer que pudesse. Li, ouvi, googlei, observei, comparei, assisti palestras... fui atrás de informação útil e prática sobre como me alimentar direitinho, mas também pra decidir se era mesmo necessário abandonar os queijos e ovos. Como muita gente, eu ainda não estava convicta de que prejudicava diretamente os animais, já que não precisava matá-los pra me alimentar. Grande ilusão. Já no primeiro panfleto informativo sobre a indústria mundial de ovos e laticínios, você descobre a sujeira, a tortura, o sofrimento e o descaso que envolvem alimentar-se de ovos ou leite, comprar couro, penas, lã.

Aí ficou fácil.

O barato de tornar-se vegano vai muito além da gente se sentir super bem logo de cara, e com mais energia, mais leve e saudável. Nossa mentalidade em relação ao próximo e ao planeta vai se transformando e cada escolha ética fica mais clara, mais óbvia. No meu caso, a atenção e o respeito que eu passei a dar aos animais todos (e não mais apenas aos gatinhos, coelhinhos, cães) e também às pessoas, ao planeta inteiro mudou.

Eu sempre adorei bichos, mas como vegana fiquei muito mais conectada com eles, mais sensível ao abuso que o ser humano inflige aos animais por considerar-se superior. Meus hábitos mudaram pra melhor assim como meu respeito pelo meio ambiente. Sou cada vez mais consciente do nosso poder de transformação individual. Estou sempre tentando fazer algo mais, seja reciclando, reutilizando ou tentando não desperdiçar. Tudo isso aconteceu depois que me tornei vegana. 

Veganismo é isso - uma filosofia que vai além do amor e respeito pelos animais não-humanos. É uma questão moral, científica, econômica e ecológica que precisa tornar-se o mais rápido possível o objetivo de todo mundo que realmente se preocupa com o próximo.


sábado, 21 de julho de 2012

Bolo de banana com castanha-do-Pará

Ingredientes:
  • 1 xícara e 1/2 de farinha de trigo
  • 1/2 xícara de farinha integral
  • 1 colher e 1/2 (chá) de fermento em pó
  • 1/2 colher (chá) de sal
  • 1 xícara de açúcar demerara orgânico
  • 1/4 de xícara de óleo vegetal (usei de girassol)
  • 4 bananas nanicas ou 3 bananas brancas grandes (maduras) amassadas
  • 1 punhado de castanhas-do-Pará levemente trituradas
  • 1/4 de xícara de água filtrada
  • 1 colher (chá) de essência de baunilha orgânica

Modus operandi:

Pré-aqueci o forno a 180 graus e untei uma fôrma de pão retangular (de uns 22 centímetros) com óleo de girassol apenas. Numa tigela pequena, misturei as farinhas, o fermento e o sal. Separei. Numa tigela grande, misturei o açúcar com o óleo e acrescentei a banana amassada, a castanha, a água e a baunilha. Misturei tudo bonitinho. Adicionei a mistura seca a essa tigelona e combinei todos os ingredientes muito bem. Assei por quase 1 hora, até ficar douradinho e o teste do palito sair sequinho.

Esse bolo é perfeito com um cafézinho preto bem forte. :)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Bazar em Sampa e Arraiá no Rio


Participe do Bazar Vegano se puder. É domingo, dia 22. Vai ser demais!!

E se estiver no Rio dia 28, aproveite o Arraiá Vegano:

Clique nas fotos para ampliá-las.

sábado, 14 de julho de 2012

Massa para quiche

Quando eu morava no Zuza, comprava uma massa para quiche vegana, prontinha, congelada. A coisa mais fácil do mundo. Era só preparar o recheio e jogar por cima. Aqui no Brasil, meus amigos, a história é bem diferente. Tive que meter a mão na massa e descobrir uma receita caseira. Depois de consultar minha pequena coleção de livros de receita veganos, e claro, perguntar ao Santo Google, não é que eu consegui? Criei a minha própria versão. E é fácil, viu? Olha só:

Ingredientes:

1 xícara (chá) de farinha de trigo integral (ou use 1/2 xícara de farinha de trigo integral e 1/2 xícara de farinha de aveia. Funciona super bem)
1 xícara (chá) de farinha de trigo branca
2 colheres (sopa) de aveia em flocos
1 colher (sopa) de farinha de linhaça dourada
1/2 colher (chá) de sal marinho
1/2 xícara (chá) de óleo de girassol
1/3 xícara (chá) de água

Modo de fazer:

Pré-aqueça o forno a 180 graus Celsius. Coloque as farinhas, a aveia, a linhaça e o sal numa vasilha. Misture bem com uma colher. Forme um buraco no meio da mistura e acrescente o óleo e a água. Misture um pouco com uma colher e logo em seguida trabalhe essa massa com as mãos por alguns minutos, até que tudo esteja bem uniforme. Se a mistura ficar muito seca, adicione umas gotas a mais de óleo. Deixe que fique um pouco gordurosa, mas não muito mole ou molhada. Ela tem que parecer uma farofa grossa, mas com uma certa liga. Estique a massa numa superfície lisa com a ajuda de um rolo de macarrão e coloque-a numa fôrma média. Faça furos no fundo da massa - cuidadosamente - com a ajuda de um garfo. Isso é para a massa não estufar enquanto assa. Deixe assar em forno médio (180-200 graus Celsius) por 15 minutos e retire do forno.

Pronto! Agora a massa está pronta para receber o recheio que você quiser e voltar para o forno para se transformar num quiche vegano inesquecível. ;)

A foto logo acima é de um quiche de abóbora e abobrinha. Ficou delicioso! Essa massa, depois de assada com o recheio, fica macia e crocante ao mesmo tempo. É tudo de bom.


sábado, 7 de julho de 2012

O que os veganos NÃO consomem

Por pura necessidade, nós veganos nos tornamos experts em bater o olho em listas de ingredientes e rótulos e saber na hora se um produto contém algum ingrediente animal. Pode parecer fácil, mas não é. Tem muita palavrinha que confunde, substâncias complicadas e é sempre bom saber o que se está consumindo. Claro que a gente acaba se acostumando e ficando rápido na leitura de rótulos e cardápios. :)

Atendendo a pedidos, aqui vai uma lista do que evitar. Se você comprar um produto e vir na lista de ingredientes um (ou mais) dos nomes abaixo, esqueça - aquele produto não é vegano. Se um ingrediente específico pode ter origem animal ou vegetal, pergunte ao fabricante ou ao comerciante. Tente descobrir a fonte. Minha decisão final se baseia em: na dúvida, eu não compro.

  • Ácidos alfa-hidróxidos/Hidroxiácidos: podem ser de origem vegetal ou animal (leite).
  • Ácido esteárico: ácido graxo saturado. Uso: suplementos para atletas.
  • Ácido oleico: líquido que pode ser obtido do sebo (gordura animal) ou de fonte vegetal. Uso: manteigas, margarinas, cosméticos.
  • Albumina/Albumen: proteína presente na clara do ovo.
  • Almíscar (em inglês: musk): substância de forte odor secretada pela glândula do cervo-almiscarado. Usada na confecção de vários perfumes.
  • Âmbar gris ou Âmbar cinza: extraído do intestino de baleias. Usado em perfumaria.
  • Anchova: peixe pequeno, preparado em mistura salgada, usado em pizzas ou em molhos como o Worcester.
  • Angorá: fibra macia obtida de coelhos e cabras. Usada em roupas.
  • Aspic: geleia ou líquido derivado de carne e peixe. Usado na culinária, na preparação  de mousses ou bolos, pra dar efeito “glaceado” ou “vidrado”.
  • Astracã: pele de filhote de cabra originária de Astracã, na Rússia. Usada em roupas.
  • Banha: gordura que envolve o estômago e rins dos porcos, ovelhas e gado. Usada na culinária.
  • Camurça: pele de porco ou cabra, tingida. Uso: roupas e sapatos.
  • Caseína: principal proteína do leite. Usada como aditivo em vários alimentos, e para dar textura a sorvetes, sorbets, etc.
  • Casimira ou caxemira: lã fina retirada do pêlo de cabra-da-Caxemira, ou de cabra selvagem do Tibet. Usada em roupas.
  • Castóreo: secreção obtida das glândulas sexuais de castores. Usada em perfurmaria.
  • Catgut: fibra de grandes elasticidade obtida dos intestinos de cavalos e carneiros. Usada para instrumentos musicais de cordas e pontos cirúrgicos (suturas).
  • Caviar: ovas de esturjão ou outro peixe. Usada na culinária, como aperitivo ou em sushi.
  • Cera de espermacete: substância gordurosa encontrada principalmente na cabeça de baleias cachalotes e outras baleias e golfinhos. Uso: remédios, produção de velas, cosméticos.
  • Cerdas: pelo duro animal, geralmente de porcos. Usado em escovas.
  • Chamois: couro macio de pele de antílope, ovelha, cabra, cervo, etc. Usado em tecidos e panos de limpeza.
  • Cochonilha: corante carmim extraído de um pequeno inseto (Dactylopius coccus). Usado em tintas, cosméticos, bebidas e alimentos.
  • Cola de peixe (em inglês: isinglass): substância gelatinosa obtida da bexiga de peixes. Usada pra clarear algumas bebidas como vinhos brancos e rosés, cervejas,etc., e em geléias.
  • Couro: pele tingida de gado, ovelhas ou cabras. Usado em roupas, calçados, acessórios, mobília, etc.
  • Couro cru (em inglês: hide): pele animal. Uso: roupas, calçados, acessórios, mobília.
  • D3 (colecalciferol): vitamina derivada da lanolina ou óleo de peixe. Usada como vitamina e suplemento alimentar.
  • Elastina: proteína obtida das fibras dos músculos (carne). Usada em cosméticos.
  • Espermacete ou cetina: óleo encontrado na cabeça de várias espécies de baleias. Usado pra fabricar velas.
  • Esponja: animal aquático ou colônia de animais chamada Porifera, cuja característica é um esqueleto elástico duro de fibras entrelaçadas. Usada para banho.
  • Esqualeno: encontrado no fígado de tubarões (e de ratos). Uso: perfumaria e cosméticos.
  • Estearina: éster formado pelo ácido esteárico e glicerol. Uso: remédios, amaciante pra pele (cosméticos).
  • Estrogênio: hormônio feminino produzido nos ovários de vacas ou obtido na urina de éguas prenhes. Uso: cosméticos, suplementos para atletas, cremes hormonais.
  • Fluido amniótico: líquido que envolve o feto ou embrião. Usado em cosméticos.
  • Gelatina: geléia obtida fervendo-se tecido animal (pele, tendões, ligamentos, etc.) ou osso. Uso: doces, biscoitos, cápsulas, geléias, filme fotográfico, etc.
  • Glicerina ou glicerol: líquido transparente que pode ser derivado de gordura animal, sintetizado do propileno ou da fermentação de açúcares. Uso: sabores, texturas, umectantes, sabonetes.
  • Inosinato dissódico: ocorre naturalmente no músculo. Obtido de peixes. Uso: incrementar o sabor de alimentos
  • Lã: pelo de cordeiros domesticados. Uso: roupas
  • Laca: secreção de insetos. Uso: spray de cabelo, produto usado para polir ou glacear e no acabamento final de instrumentos musicais.
  • Lactose: açúcar do leite. Usado como adoçante, aditivo de sabor, etc.
  • L cisteína: substância que pode ser obtida sinteticamente com pixe de carvão ou através de pelo animal ou penas de galinhas. Uso: xampu e alguns tipos de farinhas.
  • Lanolina: gordura extraída da lã de carneiros. Uso: produtos de limpeza, emoliente para cosméticos, principalmente batons, etc.
  • Lecitina: substância gordurosa encontrada em tecido nervoso, gema de ovos, sangue e outros tecidos. Usada na culinária: assados e confeitaria.
  • Luteína ou lipocromo: substância amarelada encontrada na gema de ovo. Usada na  coloração de alimentos.
  • Óleo de fígado de bacalhau: óleo extraído do fígado do bacalhau e outros peixes. Usado como suplemento alimentar.
  • Ovas: obtidas das fêmeas de peixe. Uso: culinária.
  • Penas e plumas: retiradas de patos e gansos. Usadas para alcolchoados, duvets, travesseiros, sacos de dormir, roupas, fantasias de Carnaval.
  • Pérola e Madrepérola: material orgânico produzido por alguns moluscos, as ostras, em reação a corpos estranhos que invadem o seu organismo. Uso: jóias, bijouterias e  decoração.
  • Pepsina: enzima digestiva produzida no estômago de animais. Uso: preparo de queijos.
  • Placenta: orgão pelo qual o feto se liga ao cordão umbilical. Uso: cosméticos.
  • Progesterona: hormônio sexual. Uso: cremes hormonais.
  • Própolis: substância resinosa obtida pelas abelhas. Uso: perfumaria, medicina natural e cosméticos.
  • Queratina ou ceratina: proteína encontrada em pelos, chifres, cascos e penas de animais. Uso: xampus, condiciondores, fertilizantes.
  • Quitina ou quitosana: base orgânica obtida das paredes celulares de fungos, parte externa dura (exoesqueleto) de artrópodes como crustáceos (caranguejo, camarão, etc. ) e insetos (formigas, abelhas, borboletas). Usada em condicionadores, xampus e produtos pra pele.
  • Renina, quimosina ou coalho: extraído do estômago da vitela. Enzima utilizada pra fazer queijo.
  • Sebo: gordura sólida obtida dos rins de gado e ovelhas. Uso: culinária.
  • Seda: tecido feito da fibra produzida por uma larva (o bicho-da-seda). Para a obtenção do material é preciso destruir o inseto. Uso: roupas e cosméticos.
  • Soro ou soro de leite: resíduo de leite quando se remove a caseína e grande parte da gordura. Sub-produto da produção do queijo. Uso: margarina, biscoitos, produtos de limpeza.
  • Testosterona: hormônio masculino. Uso: suplementos para atletas.
  • Ureia: dejeto tóxico de nitrogênio formado no fígado e excretado nos rins. Uso: perfumaria e cosméticos.
  • Vellum (Papel de vellum): papel fino preparado com a pele de bezerros ou cordeiros. Uso: material para escrita.
  • Vitamina A (retinol): derivado do óleo de fígado de peixes ou gema de ovo. Uso: cosméticos, suplemento alimentício.
  • Zibelina e Marta: mamíferos procurados por seu pelo. Uso: roupas, pincéis e escovas.

Via Veganet. Tradução minha.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Molho pesto de espinafre e sementes de girassol

Esse molho é uma receita crudívora que eu descobri por acaso porque eram os únicos ingredientes que eu tinha em casa. Deu super certo e funciona bem com massas ou saladas. O resultado é um molho forte, encorpado, e rende 1 xícara e 1/3.

Ingredientes: 3 dentes de alho, 1/2 xícara de sementes de girassol (sem casca, claro), 1 colher (sopa) de levedura nutricional, 1 colher (chá) de sal, 3 xícaras de espinafre, 2/3 de xícara de azeite de oliva extra virgem.

Preparo: Jogue o alho no processador. Pique. Adicione as sementes de girassol, a levedura nutricional, o sal e o espinafre. Processe tudo até ficar bem picadinho. Com o processador ainda ligado, vá adicionando o azeite devagarinho e deixe bater até a mistura ficar consistente, como na foto.

domingo, 24 de junho de 2012

Direitos Animais

Direitos Animais significam o mesmo que Abolicionismo. Eu sou uma vegana abolicionista. Essa teoria, ou corrente filosófica, afirma que não existe justificativa moral pra que usemos os animais em qualquer sentido e por melhor que eles sejam tratados. O objetivo do Abolicionismo, como o nome diz,  é acabar com o uso dos animais. Deixá-los em paz.

Já a teoria do bem-estar animal, ou o bem-estarismo, afirma que  é moralmente aceitável usarmos animais não-humanos para fins humanos, contanto que esses animais sejam tratados “humanitariamente”. O objetivo do bem-estarismo é regulamentar o uso de animais não-humanos.

Como você vê, as duas teorias são BEM DIFERENTES.

O filósofo Tom Regan afirma que os animais não-humanos deveriam ter os mesmo direitos morais que os humanos, e não serem tratados como nossa propriedade. Eu concordo. E antes que os onívoros venham com gracinhas, eu não estou sugerindo que os animais deveriam ter o direito de votar, por exemplo. Mas estou afirmando que acredito que eles têm o direito à vida e à não-interferência e que isso é fundamental se quisermos ser moralmente corretos em relação aos animais.

Muita gente acredita que com a regulamentação, aos poucos vamos acabar conseguindo o fim da exploração dos animais. Acreditam que conseguindo transformar em lei o abate humanitário, por exemplo, um dia o assassinato de animais por sua carne ou pele vai acabar.

Eu discordo. Aparentemente as mudanças graduais das leis em defesa dos animais são uma boa saída, mas quanto mais se regulamenta o uso dos animais, mais confortáveis as pessoas se sentem para usá-los e abatê-los, pois acreditam que 1) os bichos existem para servi-los, e 2) os bichos estão sendo bem tratados ou abatidos humanitariamente.

Não existe evidência de que com o aumento da regulamentação o uso dos animais esteja diminuindo – pelo contrário, só tem aumentado no mundo inteiro. Nunca se usou tanto os animais e de formas tão horrendas em toda a história da humanidade como acontece hoje em dia.

Um exemplo: acreditar que as galinhas poedeiras têm um espaço um pouquinho maior pra se moverem dentro das gaiolas, incentiva as pessoas a consumir mais ovos, em vez de pereceberem como é errado privar essas aves de liberdade e mantê-las doentes e medicadas com antibióticos e hormônios, pra depois serem degoladas ou jogadas em água fervendo ainda vivas. E esse é só um exemplo.

Exploradores de animais faturam em cima do sofrimento deles, mas eles querem que você acredite que os bichols são queridos e bem cuidados. Todo mundo sabe que o interior dos matadouros é um inferno que só é documentado através de câmeras escondidas. Os animais nesses lugares não têm qualquer valor moral e são tratados como mercadoria.

Não se deixe enganar. E não finja que acredita só pra poder continuar saboreando o seu churrasco ou omelete com queijo.

Se você concorda que os animais não existem pra nos servir e que estão sendo explorados das formas mais hediondas nesse exato momento – em granjas, fazendas-fábricas, matadouros, circos, rodeios – SEJA VEGANO. Comece já. Essa é a única forma de forçar o fim da exploração e sofrimento animal.

Pense nisso. Haja agora.

Para mais informações, assista ao video Direitos Animais vs. Bem-estar Animal (em Português). Leia mais aqui também.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Moqueca de palmito


Combinei duas receitas pra fazer esse prato típico do nordeste brasileiro, uma que saiu na página da Fogás no Facebook e outra do livro Tofu Mágico, da Ana Maria Curcelli. Ficou absolutamente deliciosa. Acho que foi a receita típica mais bem sucedida que eu já veganizei na vida. :)

Ingredientes:

4 colheres (sopa) de óleo de girassol
2 colheres (sopa) de azeite de dendê
4 dentes de alho picados
1 cebola grande cortada em arcos
3 tomates cortados em cubos
1 pimentão amarelo cortado em arcos
Sal a gosto
1 pimenta forte, picada (usei a dedo-de-moça da minha horta)


1 vidro de leite de côco (200ml)
100ml de água
Suco de 1 limão
1 vidro grande de palmito cortado em rodelas
1 colher (sopa) de coentro fresco picado

1/2 colher (sopa) de cebolinha picada
1/2 colher (sopa) de salsinha picada

Preparo:

1. Aqueça os dois óleos numa panela grande. Junte o alho e deixe dourar, mexendo sempre. Acrescente a cebola, o tomate, o pimentão, o sal e a pimenta. Deixe refogar por uns 10 minutos em fogo médio-baixo.


2. Adicione o leite de côco, a água e o suco de 1 limão, e aumente o fogo. Assim que começar a ferver, baixe o fogo e deixe cozinhar por 10 minutos com a panela tampada.

3. Acrescente o palmito, o coentro, a cebolinha e a salsinha (separe um pouco das ervas para decorar o prato). Deixe cozinhar com a panela semi-tampada por mais 10 minutos. Pronto!

Sirva com arroz branco. Rende 6 sensacionais porções.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Restaurante Vegetariano Capim Limão

 
Numa casa bonita e arejada, de dois andares na Vila Mathias, fica esse espaço de comida vegetariana da boa, aqui em Santos. É ovo-lacto vegetariano, mas todos os dias eles têm uma opção vegana. Eu já fui várias vezes, e todas as refeições veganas foram sensacionais. Comidinha caseira mesmo. Meu prato favorito é o churrasco vegano (foto abaixo), mas a feijoada deles também não fica atrás. Tem ainda porpetone, torta de alho poró, bacalhoada veg, "bife" à moda... e eu nem falei nas sobremesas.

Aberto de segunda a sábado (só para o almoço), eles oferecem diariamente duas opções de refeições vegetarianas e uma vegana. E o tradicional suco de hortelã está incluído no preço da refeição. Eu já pedi em casa também, e entregaram com uma rapidez surpreendente (e olha que eu moro do outro lado da cidade) - a responsável por isso é a Roberta, irmã do Júnior.

O sucesso desse estabelecimento vem de um esforço familiar conjunto. O Júnior fica na recepção, garantindo que todo mundo seja bem atendido e curta essa experiência vegetariana caseira, mesmo (e talvez principalmente) os onívoros. Ele adora quando alguém que não conhece tofu - ou não gosta - vai lá e se delicia. Também adoro essas coisas. :) A Terezinha é a mãe. Ela é quem cria as maravilhas servidas por lá e é responsável, por exemplo, pelas pizzas congeladas, uma novidade do Capim Limão.

A simpática Carolina, irmã do Júnior e da Roberta, cuida do atendimento. Aliás, as meninas que servem no restaurante são todas sempre super atenciosas. E as fotos que eles postam diariamente no Facebook, vou te contar, sempre me deixam aguada. Quando estiver em Santos, experimente você também!

Restaurante Vegetariano Capim Limão
Aberto de segunda à sábado das 11:30 às 15:00
Delivery - segunda à sábado - das 12:00 até 14:30
Rua: Prudente de Moraes, 63 - Vila Mathias - Santos
Telefone: (13) 3221-5938
restaurantecapimlimao@gmail.com
Para reservas de mesas em caso de eventos: (13) 3224-1037
www.restaurantecapimlimao.com.br

domingo, 3 de junho de 2012

Pão de queijo sem queijo


A melhor pedida para um domingão cheio de preguiça. A receita é do sensacional blog "Vegetariano Come o Quê?" e eu já queria fazê-la faz tempo. É muito simples e o resultado é perfeito. Por causa do polvilho esse pãozinho tem o mesmo sabor de um pão de queijo com queijo.

Ingredientes:
  • 2 xícaras de polvilho doce
  • 1/2 xícara de polvilho azedo
  • 2 xícaras de batatas cozidas e amassadas
  • Sal a gosto
  • 1/2 xícara de água filtrada
  • 1/3 de xícara de óleo
  • 1 colher de sopa de fermento em pó 

Adições minhas, totalmente opcionais:
  • Algumas gotinhas de essência de queijo
  • 1 colher (sopa) de levedura nutricional

Preparo:

Coloque a água e o óleo para ferver. Misture os polvilhos, o sal e, quando a água estiver fervente, escalde os polvilhos, mexendo rapidamente. Junte a batata e amasse tudo bem até que fique uma massa lisa. Adicione o fermento em pó e misture bem, até incorporar na massa.

Unte suas mãos com um pouquinho de óleo e faça bolinhas do tamanho que desejar. Asse em forno quente, até que fiquem amarelinhos - uns 30 minutos. Podem ser congelados.

Aqui está o video com o passo-a-passo:


Bom domingão!

quinta-feira, 31 de maio de 2012

O veganismo e a conservação do meio ambiente - Parte 2

Continuando nossa conversa sobre a incrível diferença que um vegano faz agindo sobre o meio ambiente e o planeta como um todo, simplesmente por se recusar a consumir qualquer produto animal, veja agora mais exemplos de como as nossas escolhas individuais afetam diretamente o planeta muito além dos animais.

Biodiversidade:

A pecuária é líder na redução da biodiversidade mundial, já que é o maior causador do desmatamento. Ela está envolvida diretamente na destruição das florestas, na degradação da terra, poluição, mudanças climáticas, pesca predatória, sedimentação de áreas costeiras e outros problemas ambientais, tanto brasileiros quanto mundiais.

De acordo com o Instituto de Recursos Mundiais, dois especialistas em agricultura do Banco Mundial concluiram que fazendas pecuaristas em áreas de floresta tropical têm provocado uma perda significativa de biodiversidade animal e vegetal, principalmente na América Central e na América do Sul. Esse processo ficou conhecido com “hamburguerização” das florestas.

Trocando em miúdos, quando você escolhe se alimentar de carne (boi, porco, peixe, galinha), leite, queijo ou ovos, vestir couro ou assistir a rodeios, você está contribuindo para a diminuição da biodiversidade do planeta. A palavra-chave aqui é extinção.

Mudanças climáticas:

Com o aumento das temperaturas, a elevação do nível do mar, o derretimento das geleiras e calotas polares, a mudança nas correntes oceânicas e nos padrões de temperatura, o aquecimento global é um dos mais sérios desafios que atingem a raça humana. A pecuária, olha ela aí de novo!, é a maior vilã, sendo responsável por 18% das emissões de gases de efeito estufa. Ela é também responsável por quase dois terços (64%) das emissões de amônia antropogênica, que contribui para a chuva ácida e a acidificação dos ecossistemas.

Doenças que afetam os humanos:

Quem consome carne animal hoje em dia, recebe uma quantidade enorme de antibióticos, hormônios, esteróides e pesticidas que serviram de alimentos pra esses animais. O uso de tantos remédios acaba criando bactérias resistentes. 76 milhões de casos de envenenamento e intoxicação alimentar aparecem a cada ano, de acordo com os centros de controle e prevenção de doenças em todo o mundo. Uma em cada 4 vacas nos abatedouros está contaminada com E. coli. Bactérias estão presentes em 42% dos 500 frangos comprados em mercearias. A salmonella aparece em 12% dos frangos. Todo ano, pra cada 50 consumidores de ovos, pelo menos uma pessoa corre risco de se intoxicar com salmonella.

Em fazendas industriais de aves, a alta concentração de animais e a constante exposição a fezes, saliva e outras secreções oferecem condições ideais pra que novas formas de vírus e bactérias se reproduzam, sofram mutações, se espalhem e afetem o ser humano de forma cada vez mais letal.

Pobreza e fome no mundo:

As sociedades consumidoras de carne são a maior causa da fome mundial porque usam uma porcentagem desproporcional de grãos para alimentar mais de 50 bilhões de animais criados para o abate por sua carne, e dezenas de bilhões de animais marinhos, ao invés de alimentar as 6.5 milhões de pessoas do planeta.

A cada 2 ou 3 segundos um ser humano (mais provavelmente uma criança) morre de fome, enquanto porcos e vacas são continuamente engordados. Até o conselho de Agricultura, Ciência e Tecnologia americano admite que 10 bilhões de pessoas poderiam ser alimentadas através dos campos de plantação de grãos nos EUA se todos se tornassem veganos. 1 acre (ou 0.40 hectares) de terra pode comportar mais de 13 mil quilos de cenouras, mais de 18 mil quilos de batatas e mais de 22 mil quilos de tomates.

O veganismo:

Uma dieta vegana gasta muito menos energia do que qualquer outra baseada em consumo de produtos animais. Essa energia é derivada de combustíveis fósseis, o que faz com que o consumo de carne e leite (e seus derivados) contribua para a poluição do ar, da água, a acidificação, o derramamento de óleo, a destruição do habitat e o aquecimento global.

As Nações Unidas já apresentaram relatório informando que uma dieta vegana pode alimentar muito mais pessoas do que qualquer outra dieta. Por exemplo, as projeções estimam que o suprimento de comida no ano de 1992 poderia ter alimentado aproximadamente 6.3 bilhões de pessoas numa dieta vegana, 4.2 bilhões de pessoas numa dieta 85% vegetariana, e 3.2 bilhões de pessoas numa dieta 75% vegetariana.

Agora pense nisso tudo e, por favor, pesquise por aí porque informação não falta nesse mundão cibernético.

Seja vegano: pelos animais, pelo planeta e pela sua saúde!


Fontes: World Resources Institute, Negotiation is Over, All Creatures, Instituto Aqualung.


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Hambúrguer de amendoim e tofu

Peguei essa receita no livro "The Tofu Cookbook" (Becky Johnson), que tem receitas vegetarianas e onívoras, mas é cheio de dicas fáceis pra veganizar qualquer receita com tofu. Essa foi um sucesso aqui em casa.

Hambúrguer de amendoim e tofu

Ingredientes:
  • 1/2 xícara de arroz integral cozido
  • 1 colher (sopa) de óleo vegetal (eu usei canola)
  • 1 cebola picada fininho
  • 1 dente de alho amassado
  • 1 xícara e 3/4 de amendoim torrado (eu só tinha 3/4 de xícara, o que é bem menos do que a receita pede, mas deu muito certo. Fiquei achando que 1 xícara a mais seria demais)
  • Coentro em pó a gosto ou um punhado de salsinha fresca picada (usei os dois)
  • 250g de tofu firme, drenado (quebre-o em pedaços com as mãos)
  • 2 colheres (sopa) de molho de soja
  • 2 colheres (sopa) de azeite de oliva, pra fritar
Modus operandi:
  1.  Aqueça o óleo numa panela e frite a cebola junto com o alho, mexendo (em fogo baixo) por alguns minutos, até ficarem douradinhos. 
  2. Ponha o amendoim, a cebola, alho, arroz, tofu, pó de coentro, salsinha e molho de soja num processador e bata tudo até que fique uma pasta grossa, uniforme.
  3. Formate os hambúrgueres com as mãos úmidas.
  4. Aqueça o azeite numa frigideira grande. Frite dois de cada vez, de 5 a 10 minutos cada lado, até ficarem douradinhos, como na foto. Escorra-os num papel toalha e sirva imediatamente. Se quiser, congele alguns pra quando não tiver tempo de cozinhar durante a semana. Você vai ficar feliz de ter feito isso, pode ter certeza. :)
Rendimento: o livro diz 8 hambúgueres, mas eu fiz 10. Depende do tamanho como você os formata. Os do livro são mais gordinhos; os meus, mais finos e redondinhos.

Variações: as ervas e castanhas podem variar. Em vez de amendoim e salsinha tente as seguintes combinações: nozes e alecrim, castanhas de caju e coentro fresco, avelãs com tomilho ou sálvia.

E Feliz Dia do Hambúrguer!


terça-feira, 22 de maio de 2012

O veganismo e a conservação do meio ambiente - Parte 1

Cada um tem seus motivos para ser vegano, seja pelo respeito aos animais, pela escolha de viver uma vida saudável e ética... mas em uma coisa todo mundo (incluindo onívoros) concorda: o veganismo é a resposta ecológica mais imediata no combate ao aquecimento global e a destruição do meio ambiente. Você já tinha pensado nisso?

 Pecuária:

As florestas do mundo inteiro estão sendo destruídas, não só pela madeira, papel e combustível, mas para dar mais espaço para a criação de gado e plantação de grãos que irão alimentar esse gado. A pecuária (criação de gado de corte, vacas leiteiras, porcos, galinhas poedeiras, etc. para fins lucrativos) no Brasil é o maior vilão da devastação de florestas na Amazônia. Segundo uma pesquisa do IBGE feita há seis anos: entre 1990  e 2003, o gado criado dentro da área legal da Amazônia brasileira cresceu de 26.6 milhões para 64 milhões de cabeças (140% de aumento).

Água:

A pecuária tem também um papel fundamental no aumento do uso da água (e da poluição dela) no mundo. Mais de 8% do consumo humano mundial é usado para isso, na maioria dos casos para irrigação das plantações que alimentam o gado. E a pecuária também é provavelmente a maior fonte de poluição das águas, transformando as áreas costeiras, degradando os corais de recifes, causando problemas de saúde nas pessoas que consomem a água poluída pelos excrementos animais, fertilizantes, pesticidas, hormônios, criando resistência a antibióticos, entre outras coisas.

Degradação do solo:

De acordo com o Instituto de Recursos Mundiais, 20 a 30% das florestas do mundo inteiro já estão sendo exploradas para a agricultura. E conforme essas áreas vão sendo degradadas pelo uso contínuo da terra, mais terra é necessária. As estimativas são de que mais de 60% da devastação no planeta está sendo causada pela constante expansão da agricultura. E muito dessa terra é usada para criação de gado de corte (aquele que vai virar bife).

Como já deu pra perceber, esse assunto dá muito pano pra manga. Vou ter que parar por aqui porque blog não é bíblia. E digo isso nos dois sentidos: não posso escrever um tratado longuíssimo e nem quero converter ninguém. Estou expondo fatos reais e você faz com essa informação o que quiser. Vá pensando no assunto. Daqui a pouco volto com a Parte 2 dessa conversa. Enquanto isso, dê um tempo no consumo de ingredientes animais. Vai doer menos no seu bolso, no seu corpo e na sua consciência, você vai ver.

Fontes: World Resources Institute, Global Forest Watch

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Quibe de abóbora recheado com tofu


Ingredientes

1 xícara e 1/4 de trigo para quibe
1 quilo de abóbora cortada em cubos - aproximadamente 4 xícaras (eu usei abóbora seca)
1 xícara de tofu firme, drenado
Um punhado de hortelã e cebolinha picadas
Sal e pimenta a gosto
Azeite de oliva extra virgem

Salsinha picada
1/4 de xícara de cebola picada
1/4 de xícara de pimentão vermelho picado

Preparo
 

Cubra o trigo com água para hidratar. Deixe uns 30 minutos. Enquanto isso, cozinhe a abóbora e amasse com um garfo, como um purê. Drene bem o trigo e incorpore-o ao purê de abóbora. Tempere com hortelã, cebolinha, sal, pimenta (eu uso a calabresa, bem brava) e um pouquinho de azeite.
 

Numa tigela separada, aperte o tofu entre os dedos, triturando-o até que fique com aparência de ricota. Acrescente a salsinha, cebola, pimentão e sal a gosto.

Numa fôrma refratária média, coloque uma camada do trigo, ponha por cima uma camada do tofu, sem apertar muito, e finalize com outra camada do trigo. Leve ao forno em temperatura média por uns 20-25 minutos - até que fique dourado. Deixe-o esfriar um pouco antes de servir, pra ficar mais firme e saboroso.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Veganismo - respostas para as perguntas mais comuns

Por que ser vegano?
Porque os animais não existem para nos servir ou entreter. Eles estão sendo torturados e mortos sem piedade a cada segundo, sem a mínima necessidade. Porque a alimentação vegana é deliciosa e super saudável. E porque está mais do que na hora de fazermos a nossa parte e ajudarmos a resolver vários problemas, como sofrimento animal e poluição do meio ambiente.

Nenhuma carne, leite, queijo ou ovos? Mas o que é que um vegano come, então?
Legumes, verduras, frutas, cereais, grãos (risotos, massas, tortas, saladas, quiches, pães, bolos, sopas, pizzas...), tudo o que existe no mundo, menos porcaria.

Como eu faço pra me tornar vegano?
Comece já. Algumas pessoas preferem, mas ninguém precisa fazer transição. Perceba como muita coisa contém ingredientes animais desnecessariamente. A maioria das marcas de margarina, por exemplo, não é vegana. Leia rótulos cuidadosamente. Comece preparando coisas simples como sanduíches, saladas e sopas (com o tempo você vai aprender a preparar pratos fáceis e incríveis). Compre alguns livros de receita veganos.


Mas eu moro com a minha família, que é onívora. Como faz?
Compre o seu próprio leite vegetal e produtos veganos e guarde na geladeira/despensa. Bote a mão na massa. Prepare suas refeições no final de semana e congele. Pesquise na Internet. Dê um google em “receitas veganas”. Respeite os hábitos alimentares dos seus familiares e exija que eles respeitem os seus.

E a vitamina B12? Ela só é obtida de fontes animais.
Ela também é sintetizada em laboratório e pode ser reposta em forma de suplemento vitamínico. E essa é a ÚNICA vitamina que precisa ser reposta pelos veganos. Peça detalhes e dicas ao seu médico ou nutricionista.


Você não tem medo de ficar anêmica?
Anemia pode acontecer com qualquer um, inclusive onívoros. Para prevenir, basta se alimentar direitinho. Fontes boas de ferro: alimentos folhosos verde-escuros, como agrião, couve, cheiro-verde; legumes (feijões, fava, grão-de-bico, ervilha, lentilha); grãos integrais ou enriquecidos; nozes e castanhas e açúcar mascavo. Também existem alimentos fortificados com ferro, como farinhas de trigo e milho, cereais, etc.

E como você consegue sua proteína?
Do mesmo jeito que você: na mercearia, feira, supermercado. :)

Leia mais aqui e aqui também.

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