terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Grãos-de-bico pra cá, grãos-de-bico pra lá

Achei super informativo esse artigo do New York Times de sexta-feira passada, escrito por David Tanis -- e sou fã incondicional dessa leguminosa. Segue abaixo o texto traduzido. Omiti, por razões óbvias, uma frase - no final do quarto parágrafo - em que o autor menciona o uso de carne. Se você tiver curiosidade, ou quiser ver a receita postada por ele, leia sobre isso no texto original, que está no link acima.

Acredita-se que o humilde grão-de-bico tenha nascido no Oriente Médio, provavelmente na Turquia antiga, e viajado muito. Ele chegou a muitos lugares do Mediterrâneo, e foi transportado à longínqua Ásia, ao subcontinente Indiano, às Americas e Austrália. É uma leguminosa internacional, que recebe diferentes nomes onde quer que seja encontrada.

No mundo árabe, os grãos-de-bico são chamados "hummus", assim como o famoso patê feito com eles. Se você só conhece o hummus comercial, encontrado em mercados americanos, experimente fazê-lo usando grãos-de-bico frescos cozidos, adicionando sumo de limão e tahini. Batido até a consistência certa, transferido cuidadosamente com uma espátula para um prato raso, redondo, regado com azeite e servido com pão sírio (pita) quente, hummus caseiro pode ser uma delícia.

Os franceses os chamam de "pois chiches" e geralmente os temperam com um vinagrete picante em saladas. Ou então, eles os temperam com especiarias marroquinas ou indianas, às vezes só um pouquinho disso. Eu prefiro comê-los com um cuscuz tradicional bem temperado (os grãos-de-bico estão em todo o norte da Africa) ou num prato de inspiração indiana, como o chana dal masala, feito com grãos-de-bico pretos.

Por toda a Itália, eles são os feijões "Ceci", a base de várias sopas maravilhosas, como a "pasta e ceci", tão simples, mas incrivelmente boa. Ou então, eles são moídos e viram farinha para fazer o bolinho frito crocante "panelle siciliano". Grãos-de-bico são conhecidos na Espanha como "garbanzos", e já os devorei alegremente em bares de tapas de Sevilha a San Sebastián. Entre as diversas especialidades de grão-de-bico está o prato "garbanzos con espinaca" (grãos-de-bico com espinafre), servido quente em pequenos pratos de cerâmica, as "cazuelas". É geralmente uma refeição  vegetariana, feita com farinha de pão, alho e pimenta defumada em pó

Eu defendo, firme e repetidamente, que você cozinhe seu próprio grão-de-bico. Sim, os enlatados são tentadores, mas não se comparam com o sabor e a textura dos grãos-de-bico preparados frescos. Você deve deixá-los de molho durante a noite, mas qual é a dificuldade nisso? Fervê-los por uma hora ou duas não requer habilidades especiais e quase nenhum monitoramento. Eu raramente cozinho menos de meio quilo de cada vez, já que eles duram vários dias na geladeira. (Meio quilo de grão-de-bico rende cerca de seis xícaras do cozido, o que é suficiente para pelo menos duas refeições.) E como um amigo me lembrou outro dia, caldo de grão-de-bico, o líquido que sobra após o cozimento, é delicioso.

Então, quando fiz esse prato em casa, eu estava indeciso. Devemos servi-lo no estilo "tapas" ou convertê-lo numa sopa simples? No final das contas, os dois ficaram muito bons.

 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Biscuits (ou pãezinhos) de milho

Mais uma receita do livro Vegan Brunch! Eu digo que esse livrinho é mágico. Já comprei há anos e vivo descobrindo receitinha nova e fácil de fazer. De todos os livros de receita que eu tenho, esse é sem dúvida o meu favorito.

Esses biscuits são deliciosos e podem ser feitos para o café-da-manhã, para um brunch de final de semana ou para aquele cafezinho da tarde. Eu fiz metade da receita, para experimentar. Eles são leves e fáceis de fazer. Olha só.

Ingredientes:
  • 2 xícaras de farinha (eu sempre uso 1 de farinha branca e 1 de farinha integral)
  • 1 xícara de farinha de milho
  • 1/4 de xícara de açúcar (eu uso 1 ou 2 colheres porque não gosto muito doce)
  • 2 colheres (sopa) de fermento em pó
  • 1/2 colher (chá) de sal
  •  1/3 de xícara de óleo de canola
  • 1 xícara de leite vegetal (o livro sugere leite de amêndoas; eu uso o nosso leite de arroz caseiro)
  • 2 colheres (chá) de vinagre de maçã

Preparo:

Pré-aqueça o forno a 200° Celsius. Unte uma fôrma grande de assar cookies com um pouco do óleo de canola. Numa tigela grande, misture a farinha branca/integral, a farinha de milho, o açúcar, o fermento e o sal. Faça um buraco no centro e coloque ali o óleo, o leite, e o vinagre. Misture cuidadosamente até que todos os ingredientes fiquem úmidos. Não mexa demais; pode deixar umas bolotas na massa.

Use uma colher de sopa pra pegar a quantidade certa da mistura e colocar um por um na assadeira. Deixe uns 5 centímetros de distância entre eles. Asse os biscuits por 12 a 14 minutos, até que a parte de cima esteja firme. A base deles deve ficar levemente dourada. Deixe-os esfriar por uns 10 minutos na própria assadeira e sirva-os mornos.
 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

5 anos de Veganismo!

Isso mesmo, com "V" maiúsculo! A virada do ano trouxe uma data muito especial pra mim. Hoje faz 5 anos que me tornei vegana. Já falei sobre isso por aqui milhões de vezes -- se você se interessar, basta procurar nos posts anteriores ou em me dê motivos na lista de assuntos aí ao lado.

Só queria dizer que me sinto cada vez melhor por ter tomado essa decisão tão importante para os animais que sofrem uma exploração e uma violência inomináveis nesse mundo, e sempre me pergunto por que não fiz isso antes.

Se você acaba de chegar a este blog, deixa eu tentar explicar o que tornar-se vegana significa pra mim: há 5 anos eu parei de consumir qualquer produto de origem animal - seja num ingrediente alimentício, na vestimenta, limpeza e perfumaria, entretenimento, e por aí vai. Trocando em miúdos: eu não como a carne de nenhuma espécie animal, nem ovos, laticínios ou mel; não uso couro, pele, lã, seda; não compro produtos de beleza, higiene ou limpeza que foram testados em animais; não ando em carroça/carruagem, a cavalo, camelo ou elefante. Não "brinco" com golfinhos em parques aquáticos; não frequento zoológicos, aquários, circos com animais, e sou absolutamente contra corridas de cavalos, de cães, rinhas, touradas, exposições e concursos de animais, rodeios, vaquejadas, canis/locais de cruzamento e venda de animais, cativeiro para animais silvestres, e qualquer comércio nesse sentido.

Ufa! Parece complexo, não? Mas não é. É super simples e bastam duas coisinhas: QUERER e INFORMAR-SE. Informações a respeito e opções de produtos e comidas veganas não param de crescer no Brasil e no mundo.

Se é a sua primeira vez aqui no blog, bem-vindo/a. Por favor, leia e descubra mais sobre a exploração e violência que acontecem nesse mundo e torne-se você também vegano/a o quanto antes. Se você já é, parabéns! Obrigada por tudo o que tem feito não só pelos animais, mas pelo planeta como um todo e pela sua própria saúde, consciência e postura moral diante da vida.

Espero que um dia a violência animal seja punida de forma justa e que comer animais, ou seja, comer qualquer coisa que não seja um ALIMENTO verdadeiro, seja considerado por TODOS a selvageria que é.

FELIZ ANO NOVO!