terça-feira, 14 de junho de 2016

A sua, a minha, a nossa Transição

Moro numa cidade litorânea de superlativos. Santos abriga o maior porto da América Latina e um lindo jardim de orla, o maior do mundo. Entretanto, apesar das belezas naturais e do grande valor histórico e cultural deste município, enfrentamos há tempos diversos problemas, também superlativos, que vão desde o alto custo de vida e constante especulação imobiliária, a taxas altíssimas de homicídios e, para completar a lista, abrigamos a maior favela de palafitas do país, onde famílias inteiras vivem de forma precária e em meio a um lixão.

Uma constante preocupação, não só com o bem estar dos meus próximos, mas com a sobrevivência das comunidades menos favorecidas à minha volta, a triste realidade social do meu país e as sérias consequências que as emissões humanas de gases do efeito estufa já começam a trazer para os animais humanos e não-humanos deste planeta, me faz há anos buscar alternativas para uma vida mais simples, compassiva e colaborativa.

Há mais ou menos dois anos, ouvi falar das iniciativas mundiais de transição, o movimento de cidades sustentáveis, ou Transition Towns iniciado pelo Rob Hopkins. Fiquei muito feliz, não só por saber que fazia parte de uma mudança maior que eu já havia iniciado internamente e ao meu redor, mas também pela possibilidade de conhecer pessoas de pensamento e atitudes semelhantes às minhas. Em viagens internacionais isso ficou ainda mais forte pois fiz amigos e conheci iniciativas rurais e urbanas incríveis em outros países, também.

No final do ano passado, participei de um curso de Permacultura em São Paulo, e desde então venho pesquisando por conta própria sobre a descarbonização do planeta. A cada palestra e documento compartilhado por essa comunidade formidável, fico mais otimista em relação a um futuro que já começou e que me parece uma das únicas respostas à destruição do meio ambiente e instabilidade econômica que nos assolam em nível mundial.

Participei no início deste ano do “Terceiro Encontro Brasileiro da Transição” e conheci pessoas extraordinárias, muito atuantes dentro do movimento e que tem prazer em passar adiante seus conhecimentos.

Todas essas atividades me aproximaram ainda mais do movimento de Transição no Brasil e hoje sou articuladora regional. Uso este espaço e as redes sociais para divulgar todos os eventos de que tenho notícia e os que eu ajudo a organizar, na esperança de que mais pessoas se conscientizem rapidamente da necessidade de nos unirmos para transformar este planeta num lugar saudável para se viver não só fisicamente, mas com igualdade econômica e justiça social. Se você tiver dúvidas, sugestões, informações sobre eventos ou quiser saber mais, deixe uma mensagem nos comentários.

Para ler mais em inglês ou em português, fique à vontade. :-) 


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