Moro numa
cidade litorânea de superlativos. Santos abriga o maior porto da América Latina
e um lindo jardim de orla, o maior do mundo. Entretanto, apesar das belezas
naturais e do grande valor histórico e cultural deste município, enfrentamos há
tempos diversos problemas, também superlativos, que vão desde o alto custo de
vida e constante especulação imobiliária, a taxas altíssimas de homicídios e,
para completar a lista, abrigamos a maior favela de palafitas do país, onde
famílias inteiras vivem de forma precária e em meio a um lixão.
Uma constante preocupação, não só com o bem estar dos meus próximos, mas com a
sobrevivência das comunidades menos favorecidas à minha volta, a triste
realidade social do meu país e as sérias consequências que as emissões humanas de gases do efeito estufa já começam a trazer para os animais
humanos e não-humanos deste planeta, me faz há anos buscar alternativas para
uma vida mais simples, compassiva e colaborativa.
Há mais ou
menos dois anos, ouvi falar das iniciativas mundiais de transição, o
movimento de cidades sustentáveis, ou Transition Towns iniciado pelo Rob Hopkins. Fiquei muito feliz, não só por saber que fazia
parte de uma mudança maior que eu já havia iniciado internamente e ao meu
redor, mas também pela possibilidade de conhecer pessoas de pensamento e
atitudes semelhantes às minhas. Em viagens internacionais isso ficou
ainda mais forte pois fiz amigos e conheci iniciativas rurais e urbanas
incríveis em outros países, também.
No final do
ano passado, participei de um curso de Permacultura em São Paulo, e desde então
venho pesquisando por conta própria sobre a descarbonização do planeta. A cada palestra e documento compartilhado por
essa comunidade formidável, fico mais otimista em relação a um futuro que já
começou e que me parece uma das únicas respostas à destruição do meio ambiente
e instabilidade econômica que nos assolam em nível mundial.
Participei no
início deste ano do “Terceiro Encontro Brasileiro da Transição” e conheci
pessoas extraordinárias, muito atuantes dentro do movimento e que tem prazer em
passar adiante seus conhecimentos.
Todas essas
atividades me aproximaram ainda mais do movimento de Transição no Brasil e hoje
sou articuladora regional. Uso este espaço e as redes sociais
para divulgar todos os eventos de que tenho notícia e os que eu ajudo a
organizar, na esperança de que mais pessoas
se conscientizem rapidamente da necessidade de nos unirmos para transformar
este planeta num lugar saudável para se viver não só fisicamente, mas com igualdade econômica
e justiça social. Se você tiver dúvidas, sugestões, informações sobre eventos ou quiser saber mais, deixe uma mensagem nos comentários.
Para ler mais em inglês ou em português, fique à vontade. :-)
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