segunda-feira, 31 de março de 2008

LISTA ZERO - Contra o comércio de animais silvestres

Reproduzo a mensagem abaixo pra divulgar, e quem sabe de alguma forma ajudar a proteger os animais silvestres- não só no estado de Minas Gerais, mas no Brasil inteiro. Recebi o texto da Flavia, cujo professor de Anatomia trabalha especificamente com animais silvestres e vê diariamente como esses animais sofrem.

Como a Flavia disse, a situação desses animais, mesmo os legalizados, é muito triste e induz cada vez mais ao desrespeito aos animais, porque as pessoas continuam achando, pelo fato da coisa ser legalizada, que esses animais são bibelôs. A maioria se encanta mais por mamíferos, mas quem estuda os pássaros, sabe que eles são tão inteligentes e psicologicamente tão vulneráveis, que não há mais condições de se criar passarinhos ou psitacídeos em casa.

Por favor, não compre animais silvestres. Se possível não participe de nenhum tipo de comércio de animais. Nem mesmo de cães, gatos, peixinhos e iguanas daquela Pet Shop perto da sua casa. Se você adora animais, adote-os. Os abrigos estão cheios de animais que precisam desesperadamente de um teto, de comida e de carinho.

Logo abaixo, em negrito, está o endereço de email pra onde você pode enviar uma mensagem pedindo ao IBAMA que não legalize o comércio de animais silvestres. O professor Tarcízio, autor do texto que segue, explica os argumentos específicos que você pode incluir na sua mensagem. Eles são bem técnicos e você não precisa usar todos- mas é preciso que use pelo menos um ou dois - por causa de outro órgão, o CONAMA - e lendo o texto do professor você vai entender o porquê.

Por favor, perca 5 minutos do seu tempo lendo o texto abaixo e mande um email para fauna.sede@ibama.gov.br

Envie também essa mensagem pra quem você achar que pode ajudar.

Faça isso pelos animais do Brasil.


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Caros amigos,

Estamos, embora com poucas esperanças de sucesso, com uma oportunidade única de manifestação quanto a uma lista de animais silvestres a serem permitidos como animais de estimação pelo IBAMA.

Um forte lobby vem há muito sendo feito para a liberação da criação com finalidade Pet de um sem número de animais, e há muitos anos convivemos com uma realidade no mínimo aviltante, com verdadeiros bandidos banalizando a nossa fauna em nome de criações amadorísticas principalmente de aves, onde no mínimo uma forte conivência com o tráfico é comum a todos os criadores.

A fachada de legalidade que o próprio IBAMA cria com a permissão de criação destes animais é uma das causas do tráfico de animais em nosso meio. Nenhuma fiscalização é eficiente ou suficiente para a ardileza dos traficantes. Uma quantidade altamente significativa de animais irregulares é encaminhada ao nosso Centro de Triagem em Viçosa e é no mínimo revoltante as situações a que nossos animais são submetidos em prol de um "hobby".

Dados minimalistas sugerem a morte de 90% de aves nativas durante as diferentes etapas do tráfico!! Muitos de nós somos coniventes se não partícipes deste tráfico. Animais domésticos têm no mínimo 10 mil anos de melhoramento genético para o convívio com a espécie humana. Há pelo menos 400 raças distintas de cães, nenhuma de ocorrência natural, algumas totalmente dependentes e dedicadas a nós. Por quê preteri-los em relação a espécies não adaptadas e com tão pouca interação, como um iguana por exemplo?

Estou particularmente imbuído na campanha pela lista "ZERO" e procuro parceiros para juntos fazermos uma pressão neste sentido. A lista do IBAMA consta de 54 animais, sendo três répteis e o restante aves, de passeriformes a psitacídeos. Basta-nos o envio de uma mensagem eletrônica para fauna.sede@ibama.gov.br para participar. Porém a resolução do CONAMA, que regulamentará esta lista, prevê a inclusão ou exclusão de espécies com base nos critérios abaixo e só serão aceitos argumentos relacionados.

Assim, tomei a liberdade de sugerir algumas argumentações que poderiam ser usadas na campanha "Lista Zero". Basta copiar e enviar, ou acrescente argumentações que julgar pertinente. Envie também para outras pessoas de seu meio para que possamos ter uma massa crítica significativa.

Critérios da resolução número 394 de 06 de novembro de 2007.

I- Significativo potencial de invasão dos ecossistemas fora de sua área de distribuição geográfica original

II- Histórico de invasão e dispersão em ecossistemas no Brasil ou em outros países

III- Significativo potencial de risco a saúde humana

IV- Significativo potencial de risco à saúde animal ou ao equilíbrio das populações naturais

V- Possibilidade de introdução de agentes biológicos com significativo potencial de causar prejuízos de qualquer natureza

VI- Risco de os espécimes serem abandonados ou de fuga

VII- Possibilidade de identificação individual e definitiva

VIII- Conhecimento quanto à biologia, sistemática, taxonomia e zoogeografia da espécie

IX- Condição de bem-estar e adaptabilidade da espécie para a situação de cativeiro como animal de estimação.

Argumentos para a LISTA ZERO:

Sou a favor da Lista Zero de animais silvestres para criação como animais de estimação baseado nos seguintes pontos:


Quanto aos critérios: significativo potencial de invasão de ecossistemas fora de sua área de distribuição e o histórico de invasão e dispersão em ecossistemas no Brasil ou em outros países, todas as aves e répteis são potencialmente espécies invasoras.

Como
exemplo é possível a observação de invasões como a do periquitão maracanã (Aratinga leucophtalmus) dentro de áreas urbanas na zona da mata mineira, onde estes animais se transformaram em animais sinantrópicos, invadindo forros de casas para a construção de seus ninhos, transformando-se em praga.

Cito exemplos de outros países como no estado da Flórida, nos EUA, onde há uma invasão de iguanas e psitacídeos exóticos em parques e áreas urbanas, o que pode se repetir facilmente em regiões nacionais.


Quanto ao significativo potencial de risco à saúde humana e ainda o significativo potencial de risco à saúde animal ou ao equilíbrio das populações naturais: classicamente a salmonelose é sempre relacionada aos répteis e aves de cativeiro. Estes animais podem apresentar ainda agentes patogênicos zoonóticos como endoparasitas do gênero Cryptosporidium ssp, Spirometra europeae, Spirometra mansonoides, Alaria americana, etc. A criptosporidiose, causada por Cryptosporidium parvum, é reconhecida mundialmente como uma zoonose emergente, causando diarréia aguda em seres humanos imunocompetentes ou enfermidade fatal em indivíduos imunocomprometidos ou imunosuprimidos, como portadores de HIV.
Artrópodes da classe Pentastomida são endoparasitas invertebrados na sua forma adulta, habitando os pulmões dos répteis e aves, e várias notificações têm ocorrido em humanos.

Quanto ao risco de os espécimes serem abandonados ou de fuga, é um risco potencial em qualquer criação em especial de passeriformes de baixo valor comercial e aliado à impossibilidade de identificação individual e definitiva e ao desconhecimento quanto à biologia, sistemática, taxonomia e zoogeografia da maioria das espécies. Permite também a hibridização com animais locais gerando subespécies, decretando o desaparecimento de espécies estabelecidas.


Por fim, devido às parcas condições de bem-estar e inadaptabilidade das diferentes espécies para a situação de cativeiro, é no mínimo incoerente afirmar que condições de gaiolas minúsculas poderiam suprir as necessidades ambientais de aves silvestres.
Animais sociais, como psitacídeos, acabam por absorver condições comportamentais humanas específicas de seus proprietários, e devido a sua grande longevidade é extremamente comum abandonos ou transferências de "donos", o que gera traumas que não raramente levam a automutilação e mortes.

Desta forma, os incisos do artigo 4º da resolução 394 do Conselho Nacional de Meio Ambiente fornecem todos os subsídios para que não haja nenhuma espécie de animal silvestre que possa servir de animal de estimação, uma vez que não há uma única espécie que não se enquadre em vários incisos desse artigo.


Tarcízio A R Paula

domingo, 30 de março de 2008

Sanduichinhos de pepino e cream "cheese"

Achei essa receita por acaso no blog Tiger the Lion, que por sua vez tinha achado a receita num blog que eu adoro, o VeganYumYum. É tão fácil, mas tão fácil, que é uma coisa ridícula. Quer ver só?

Ingredientes: 2 fatias de pão integral; 1 pepino fresco de tamanho médio; tofutti cream cheese; sal e pimenta; folhinhas de erva de sua preferência- eu usei sálvia fresca e ela complementou o sabor e o aroma deliciosos do pepino tão bem. Casou direitinho.

Espalhe tofutti cream cheese por cima de cada fatia de pão. Com um descascador de batatas, descasque o pepino (previamente limpo) em fatias longas - de ponta a ponta - e bem fininhas, e disponha-as uma a uma, de maneira transversal em cima de cada fatia de pão. Então, com uma faca bem afiada, apare todas as pontas do pão, incluindo a casca, de modo que o formato final da fatia fique bem quadrado. Por fim, corte-a na metade em dois triângulos. Polvilhe sal e pimenta por cima e finalize com a folhinha de sálvia.

Se a minha explicação ficou confusa, clique nesse link do blog VeganYumYum. As fotos mostram o passo-a-passo dessa receita e fica mais fácil entender. E o resultado fica uma graça, não?!

Bom domingão!

sábado, 29 de março de 2008

Earth Hour

É hoje à noite o evento criado pra mostrar que cada um de nós, todo mundo junto, pode ter um impacto positivo na mudança climática desse planeta. E não importa onde você esteja ou more.

A idéia inicial foi da organização WWF na Austrália, ano passado. O movimento Earth Hour cresceu e agora é mundial. Hoje, milhões de pessoas em aproximadamente 200 cidades do mundo vão participar. Aqui nos EUA, mais de 35 cidades, incluindo Atlanta, Chicago, Phoenix e São Francisco.

O intuito é que todos nós, juntos, tentemos colaborar com ações práticas pra reduzir nossa emissão de carbono no planeta.

Earth Hour: Hoje, 29 de março de 2008, das 8 às 9 da noite.


As cidades, ou pessoas, que quiserem participar hoje à noite, irão simplesmente desligar as luzes de seu estabelecimento comercial ou casa durante 1 hora e mostrar que estão comprometidas em ajudar a encontrar soluções para as mudanças climáticas do planeta.

Participe!! Às 8 da noite, onde quer que você esteja no mundo, desligue todas as luzes da sua casa, do seu escritório ou de onde quer que você esteja.

Prédios famosos e históricos, restaurantes e escritórios de grandes empresas irão participar oferecendo sua liderança nesse movimento tão bonito de união de forças e desligar suas luzes hoje por uma hora.

Na Austrália, o evento acaba de acontecer, olha só:


Nós vamos participar. E você?

*Foto via Uol Notícias

sexta-feira, 28 de março de 2008

Protesto real

Ainda falando em pele de animais, publiquei o post abaixo ano passado, no outro blog, e resolvi requentá-lo hoje porque o assunto não se esgota. E enqüanto eu vir gente por aí usando pele de animais mortos sobre as costas e posando de chique e boazinha, sendo na verdade ou uma pessoa muito cruel ou muito deslumbrada e completamente fora da realidade, eu vou continuar falando disso, tanto aqui no blog quanto em qualquer lugar onde eu possa expressar minha indignação. Por amor, NÃO USE PELES!

Outro dia participei de um protesto contra casacos (e chapéus, acessórios, etc.) feitos de pele animal. O movimento foi organizado pela CAAF (Caring Activists Against Fur) que é uma organização que luta especificamente contra a produção, venda e uso de casacos de pele.

Por quê não usar pele animal? Aqui vão só alguns motivos (pra mais informações em português, visite o site da organização brasileira PEA):
  • Os animais passam suas vidas em pequenas gaiolas, ao ar livre. Expostos às variações climáticas e confinados a um espaço reduzido, eles adquirem comportamentos neuróticos como auto-mutilação e canibalismo;
  • O nível de stress elevado fragiliza o sistema imunológico dos animais, levando-os, em cerca de 20% dos casos, à morte;
  • Depois de passarem a vida em condições deploráveis, esses animais são eletrocutados, asfixiados, envenenados, gazeados, afogados ou estrangulados e nem todos morrem imediatamente - alguns chegam a ser esfolados ainda com vida;
  • Em algumas fazendas, as raposas têm a língua cortada e são deixadas a sangrar até à morte. Os criadores recorrem a esses métodos de matança para que as peles fiquem intactas;
  • Em alguns países usam-se armadilhas, embora sempre digam que os animais foram criados em fazendas;
  • Desprovido de alimento, água e qualquer tipo de proteção dos predadores, pelo menos 1 em cada 4 animais rói a própria pata na tentativa desesperada de se libertar da armadilha. Os que conseguem, acabam morrendo logo depois, em conseqüência da perda de sangue, de infecção, de fome ou caçados por predadores;
  • Os animais que não conseguem escapar das armadilhas, aguardam em sofrimento durante vários dias ou até semanas, até que o caçador volte para verificar a sua armadilha. Para não estragar a pele, os caçadores os asfixiam com os pés;
  • Muitas vezes, os animais não resistem à espera prolongada e morrem de fome, de frio, de desidratação ou atacados por predadores;
  • Pelo menos 5 milhões de animais como cães, gatos, pássaros, esquilos e até mesmo animais de espécies em vias de extinção são acidentalmente apanhados, mutilados e mortos nessas armadilhas.



Fazia um frio do capeta aqui em Nova York naquela tarde de domingo. Eu me encapotei e encarei a friaca, mesmo porque adoro o inverno e me sinto mais confortável no frio do que no calor. O e-mail-convite da CAAF dizia: 1 da tarde em frente à loja de departamentos Saks 5th Avenue, na Quinta Avenida com a Rua 49, em mid-town.

Às 10 pra 1 eu já estava lá com meu casacão de lã sintética e meu broche anti-fur. O grupo foi pequeno desta vez, mais ou menos 40 pessoas apareceram, mas todo mundo estava super bem disposto e feliz por poder fazer alguma coisa contra esse hábito antigo, cafona, violento e desnecessário. Os turistas tiravam fotos da gente e sorriam solidários enquanto, reunidos bem na entrada da loja, entoávamos palavras fortes e frases de efeito, do tipo: "compassion is the fashion, don't buy fur!" (compaixão é o que está na moda, não compre pele). Alguns (poucos) transeuntes vestindo casacos de pele, passavam de fininho, morrendo de vergonha.

Quem já participou de um protesto sabe como é bom, como faz bem e lava a alma. Protestar (pacificamente, claro) dá um sentimento de estar sendo útil aliado a uma injeção de energia que dura dias, até semanas. Estávamos todos ali com um único objetivo, fazer barulho, comover, informar, e principalmente pressionar a loja Saks 5th Ave pra que pare de comercializar pele animal (como o fez uma outra grande loja de departamentos aqui de Nova York, a J.Crew, após um protesto da CAAF que reuniu mais de 200 pessoas).

Conheci gente muito boa ali, gente completamente diferente de mim, outras nacionalidades, idades, cultura, mas com algo muito importante em comum, o amor pelos animais, o inconformismo e a vontade de fazer alguma coisa. Uma senhora inglesa, logo no início do protesto (quando pegávamos nossos cartazes de dentro de uma caixa que os organizadores trouxeram) virou-se pra mim e disse: "se eu conseguir fazer pelo menos uma pessoa parar de comprar casacos de pele ou aqueles casacos com pele em volta do capuz, isso aqui hoje já valeu a pena". Essa é a idéia.

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Queria relembrar que hoje, sexta-feira, recomeça legalmente a caça às focas bebês, no Canadá. O post de dois dias atrás alerta pra esse horror que é a matança sangrenta desses seres indefesos e isso precisa acabar. Por favor, clique aqui pra enviar um email para o ministro canadense David Emerson, pedindo encarecidamente que ele ouça as centenas de pessoas ao redor do planeta que estão participando desse movimento e volte atrás nessa decisão absurda de liberar a morte por espancamento e esfolamento desses animais inofensivos.

ABAIXO O MERCADO DE PELES.


*All photos: Copyright © 2006 Andréa N. all rights reserved

quinta-feira, 27 de março de 2008

Farfalle ao pesto com couve crespa e lingüiça vegana

Procure uma massa que não contenha ovos. Dessa vez fizemos farfalle- as gravatinhas borboleta. Prepare de acordo com as instruções do pacote e separe.

A couve crespa foi lavada e cozida em fogo médio com um pouco de azeite de oliva, molho de soja e um pouquinho de óleo de gergelim. Acrescente um pouco de água, enquanto a couve cozinha, pra ficar mais macia.

A lingüiça vegana é "fat free", da marca Lightlife. Apenas fritamos alguns pedaços em azeite de oliva.

Pesto vem do italiano "pestare" que significa amassar, esmagar. Mas aqui em casa, na hora de fazer molho, a gente não usa pilão, não, e sim um liqüidificador ou processador, mesmo. :-) A versão original leva queijo parmesão. Na nossa, vegana: lave e separe umas 20 folhas de manjericão. Bata no liqüidificador 6 colheres (sopa) de azeite de oliva e 2 dentes de alho descascados. Acrescente o manjericão, sal a gosto e 12 gramas de pinoli (aqui: pine nuts) ou nozes. Bata só até virar uma mistura grossa, homogênea. Misture ao farfalle pronto.

quarta-feira, 26 de março de 2008

A matança recomeça

Pois é, começa hoje sexta-feira, mais uma vez, a matança horrorosa dessas criaturas tão queridas. Algo em torno de 275 mil focas bebês, algumas com poucas semanas de vida, serão caçadas e assassinadas sem piedade - abatidas a pauladas com bastões de madeira com ponta de metal - no Canadá. Algumas dessas focas terão suas peles arrancadas enquanto ainda vivas, e bem na frente de suas mães, que mais uma vez, chorarão de medo, terror e frustração.

Por favor, não compre casacos de pele. Nem aqueles com pele no capuz.

E se puder, perca 2 minutos do seu tempo e clique aqui pra mandar uma mensagem ao ministro canadense David Emerson. Ajude a acabar com essa crueldade que é a caça às focas bebês.

Obrigada por ajudar.

Julia Louis-Dreyfus pelo meio ambiente



Via ecorazzi

terça-feira, 25 de março de 2008

Ozu

Eita almoço bom. Hmmm...olho pra essas fotos e fico com fome de novo. Comidinha boa, super fresca, atmosfera tranquila, serviço amigável e preços não muito extravagantes.

Ozu é um dos meus restaurantes favoritos aqui em Nova York e já faz um tempão. É pequenininho, simples, aconchegante e serve uma comidinha maravilhosa, oriental vegetariana (mas eles também têm pratos com peixe). Foi com eles que aprendi a fazer summer rolls.

Já levei meus pais ali, meus amigos quando vêm visitar, e sempre recomendo. O endereço do Ozu é 566 Amsterdam Avenue, perto da rua 87.

Outro dia, num domingo, paramos ali pra almoçar depois de uma caminhada longa e compras pelo Upper West Side. Eram umas 3:30 da tarde. O lugar estava vazio, perfeito. Tirei essas fotos pensando mesmo em postar aqui. Sentamos bem pertinho do vidro, na primeira mesa ao lado da entrada, na foto acima.

O cardápio não varia muito, mas é grande. E há dois grandes pôsters, na parede oposta a essa da foto, com os "especiais do dia" ou "da semana", sempre com novidades interessantíssimas, como risoto de portobello com pesto, sopa de couve-flor, rolinhos primavera com cogumelos, etc.

Desta vez, R pediu Thai Noodles: macarrão de arroz, frito, com molho de amendoim, brócoli, vagem, cebola, cenoura e couve crespa. Por cima, vai broto de feijão cru e nozes.

Eu experimentei os croquetes Ozu (foto acima), feitos de grãos de cuscuz marroquino, millet, kasha, lentilha e verduras. Você escolhe se prefere fritos ou grelhados. Eu pedi fritos. Você também escolhe se quer com uma saladinha ou tubérculos. Eu pedi salada. Os molhos nas laterais do prato são: beterraba-vinagrete pra salada (o cor-de-rosa), e maionese vegana (para os croquetes).

Preciso dizer que lambi os dedos? :-)

E pensar que ainda existe gente que quando ouve a palavra "veganos" pergunta espantada, "carne nenhuma?, mas o quê vocês comem então?" Hahaha, só rindo...

segunda-feira, 24 de março de 2008

Mix de legumes com tahini & millet

Outro excelente substituto para o arroz integral, pra dar uma mudada na cara do prato, é o millet (no Brasil: milhete ou milheto, ou ainda painço). Assim como a quinoa, o millet é um grão super rico em proteína- quase tanto quanto o trigo integral. Ambos possuem 11% de proteína por peso. Além disso, os grãos de millett são ricos em vitaminas B, especialmente a B6 e ácido fólico, cálcio, ferro, potássio, magnésio e zinco. Millet não contém glúten, portanto é perfeito pra quem tem alergia a glúten ou pra quem sofre de doença celíaca. Prepare o millet do mesmo jeito que a quinoa.

Os legumes - use os que você quiser - foram salteados com azeite de oliva, alho (muito alho!), pimenta e um pouco de molho de soja. Servimos no prato com um pouco de molho de tahini por cima. Tahini é uma pasta deliciosa de gergelim, de origem árabe. Se você não quiser ou puder comprar pronta, dá pra fazer em casa tranqüilamente. Basta moer 1 xícara (chá) de sementes de gergelim com 1 colher (chá) de óleo de gergelim num processador. Vá adicionando água morna devagarinho, até que fique com a consistência que você gosta. Acrescente um pouquinho de sal, também.

As dificuldades em ser vegano

Lista longa e engraçadíssima. Em inglês.

domingo, 23 de março de 2008

Sopa de cenoura e gengibre

Chegou a primavera aqui, mas só vai começar a esquentar mesmo em 1 ou 2 meses (ainda bem!). Enquanto isso, a gente vai abusando das sopas e cremes que esquentam até a alma. Apesar dos dias lindos, ensolarados, lá fora está bem friozinho. Hoje, por exemplo, faz 31°F (-1 grau C).

E por falar em Páscoa e coelhos, essa sopa de cenoura e gengibre é fácil de fazer, deliciosa e super saudável.

O gengibre é geralmente vendido aqui nos EUA sob a forma de suplemento nutricional, mas não é difícil achá-lo "ao natural" nos mercados de rua. Na India, ele é aplicado em forma de pasta, na testa, pra aliviar resfriados. Também é usado como chá ou na comida, como tempero. Em Myanmar, gengibre associado a um adoçante natural local (feito com o suco retirado da palmeira- Htan nyat) é fervido e tomado pra prevenir gripe. Na China, também é usado pra tratar resfriados. Na Indonésia, é usado para reduzir a fadiga, prevenir e curar reumatismo e enriquecer hábitos alimentares pouco nutritivos. Antigamente eu mascava um pedacinho de gengibre todo dia antes do trabalho (eu era DJ numa rádio local em Santos, SP) pra deixar a voz mais clara e a garganta com aquela sensação fresca.

Você pode inventar a sua própria receita de sopa de cenoura e gengibre. Basta saber o básico. A receita de R, que varia de acordo com o que temos na geladeira, leva o seguinte: 1/2 quilo de cenouras limpas e descascadas; 1 cubo de caldo de vegetais; 1 colher de sopa (aproximadamente) de gengibre fresco descascado e picado; 6 xícaras de água.

Ponha tudo numa panela e ferva até as cenouras ficarem macias (15-20 minutos). Diminua o fogo pra temperatura média e deixe cozinhar mais uns 5 minutos. Depois, bata tudo no liqüidificador só pra virar um creme. R tem um "de mão" e bate a mistura na própria panela no final do cozimento. Também fica legal e menos trabalhoso que usar o liqüidificador convencional.

Adicionar noz-moscada fresca ralada por cima ou pimenta, vai muito bem. Dessa vez usamos um pouco de salsinha desidratada.

Informações técnicas via Wikipedia.

Feliz Páscoa vegana!

Aqui tem uma receita de ovos de Páscoa veganos, em inglês, pra quem se interessar. Se você quer aprender a fazer, mas não entendeu alguma palavra ou expressão da receita em inglês (ou mesmo a receita inteira), escreva pra mim: brazilnutblog@live.com
Traduzo pra você com o maior prazer.

Bom domingão e uma semana tranqüilinha pra todos nós!

sábado, 22 de março de 2008

Socorro!

Através do blog da Flavia, fiquei sabendo desse absurdo que está acontecendo no Brasil.

Um deputado do PFL da Bahia quer legalizar as rinhas de galo, canários e cães no Brasil, em nome dos costumes e cultura. O nome do Deputado é Fernando de Fabinho, autor do projeto de lei 4340/04. Esse projeto de Lei tramita em regime de prioridade (?) no Congresso Nacional.

Por favor, se puder, ajude. Mostre o seu repúdio a essa violência escrevendo um email para esse deputado. Vamos mostrar nossa indignação.

Dia Mundial da Água

Não tive tempo essa semana pra preparar um post legal e participar da blogagem coletiva de hoje sobre a água, mas este link do uol, oferece algumas informações básicas bem úteis sobre como economizar água.

Pra participar da blogagem coletiva ou dar uma olhada nos blogs participantes, passa lá no Faça a Sua Parte.

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