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terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Feliz Natal e Próspero Ano Novo!
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domingo, 21 de dezembro de 2008
Lista do que NÃO usar
Essa lista mostra tudo o que nós veganos NÃO consumimos. Quando lemos as listas infinitas de ingredientes de algum novo produto comestível ou etiqueta de roupa, bula de remédio, cardápio de restaurante, etc., é por esses nomes que procuramos. Ela também é útil pra você que vai hospedar um amigo ou parente vegano ou simplesmente cozinhar pra ele. Se a palavra aparece nessa lista, esqueça, nós não estamos interessados.
A lista está em inglês, mas é MUITO útil. Se você não entender alguma coisa é só avisar ali nos comentários e eu traduzo (ou tento). :)
A lista está em inglês, mas é MUITO útil. Se você não entender alguma coisa é só avisar ali nos comentários e eu traduzo (ou tento). :)
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Wrap no almoço
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Couve-de-Bruxelas dourada
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E aqui vai a receita desse aperitivo ou acompanhamento facílimo e delicioso:
24 couves-de-Bruxelas
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
Sal e pimenta a gosto
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Aqueça a outra colher de azeite numa frigideira grande em fogo médio. Acomode cada couve virada pra baixo na panela, jogue sal e pimenta por cima, cubra e deixe cozinhar por mais ou menos 5 minutos, ou até que estejam macias.
Vire cada uma e deixe cozinhar por mais 1 ou 2 minutos. Jogue mais um pouquinho de sal e pimenta, se quiser. Sirva-as ainda quentes.
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terça-feira, 16 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Tempeh grelhado em molho picante
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- 1 pacote de tempeh (mais ou menos 200 gramas)
- 1/2 xícara de vinho (qualquer vinho que não seja doce, mas se quiser você pode substituir por caldo de vegetais)
- 1/4 (xícara) de molho de pimenta
- 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
- 2 colheres (sopa) de molho de soja (nós usamos Tamari)
- 3 colheres (sopa) de sumo fresco de lima (eu uso limão)
- 2 dentes de alho amassados
- 1 colher (chá) de cominho em pó
- 1/2 colher (chá) de orégano seco (acho que no Brasil orégano é sempre seco)
- 1/8 colher (chá) de pimenta caiena
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Servimos os filés com purê de batatas, uns tomatinhos-cereja, e couve preparada à mineira. Tem uma receita de couve à mineira aqui. Ficou maravilhoso!
Via Veganomicon (hot sauce-glazed tempeh)
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Abolicionismo X Bem-estarismo
O abolicionismo prega o fim de todo e qualquer abuso de animais. Eu, como vegana, sou pela filosofia abolicionista, mas comemoro sim qualquer pequena vitória. Como quando o Peta conseguiu fazer com que a monstruosa rede de fast-food KFC, começasse a vender burguers veganos em algumas de suas lojas no Canadá. Ou quando recentemente a Proposition 2 foi aprovada na California, obrigando por lei as fazendas-matadouros de lá a melhorarem as condições dos locais onde são mantidos vitelos, galinhas e as porcas em fase de gestação. As condições atuais são indecentes.
Todo mundo sabe que isso é quase nada em termos de resultados concretos. Não facilita a vida das milhares de aves que continuam a ser mutiladas e escaldadas vivas nos bastidores da KFC espalhados pelo mundo inteiro ou dos filhotes de bezerros que nunca verão a luz do dia nos matadouros da California (ou do resto do mundo).
Mas sim, eu comemoro essas pequenas vitórias, se não pelo fato de que as pessoas vão ouvir falar sobre o que o KFC faz de ruim, pela idéia de que redes de fast-food começam a oferecer opções veganas, pelo fato de que alguém está fazendo alguma coisa nesse mundo. O Peta ainda está tentando fazer com que o KFC adote certas regras que outras redes já acataram, como diminuir a quantidade de amônia no ar nas fábricas-matadouros, aumentar o espaço onde ficam as galinhas, prover estímulo físico e mental pra elas, etc.
Mas isso também tem um lado ruim. Propaga o bem-estarismo e isso influencia e confunde as pessoas. O bem-estarismo é um mito em que onívoros e ovo-lacto-vegetarianos ADORAM acreditar. Eu não os culpo. Eu já fui assim, também. Comprava meus ovos "de galinha caipira" ou "criados soltos" (os famosos cage-free ou free-range) e vinha pra casa feliz da vida, achando que as tais galinhas estavam sendo bem tratadas; estavam a salvo. Santa ingenuidade!
Deixa eu explicar direitinho: bem-estarismo não existe. Já pesquisei muito e vi videos (e ouvi ligações telefônicas gravadas) que comprovam que não há regulamentação ou supervisão suficientes e é um papo furadíssimo quando uma companhia diz que suas galinhas são "criadas soltas". Os machos que nascem continuam sendo triturados em moedores industriais ainda vivos e as galinhas continuam sendo tratadas como objetos inanimados, tendo seus membros quebrados e amputados o tempo todo.
Você ama de verdade os animais? Quer ajudá-los de verdade? Então, não caia nessa história de bem-estarismo. Pare de consumir QUALQUER produto animal. Essa é a única forma de ajudá-los. Os animais não têm voz. Eles estão neste exato momento em que você lê estas palavras, sendo monstruosamente torturados no mundo inteiro por seres que se dizem "humanos". Faça alguma coisa! Faça a sua parte. Seja vegano.
*Fotos: Pássaros, bezerros e porcas prenhes confinados. Animais vivendo no escuro e deitados no próprio excremento. Vidinha boa, não? E aí, você vai ficar só olhando ou vai fazer alguma coisa?
Go vegan!
Mas sim, eu comemoro essas pequenas vitórias, se não pelo fato de que as pessoas vão ouvir falar sobre o que o KFC faz de ruim, pela idéia de que redes de fast-food começam a oferecer opções veganas, pelo fato de que alguém está fazendo alguma coisa nesse mundo. O Peta ainda está tentando fazer com que o KFC adote certas regras que outras redes já acataram, como diminuir a quantidade de amônia no ar nas fábricas-matadouros, aumentar o espaço onde ficam as galinhas, prover estímulo físico e mental pra elas, etc.
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*Fotos: Pássaros, bezerros e porcas prenhes confinados. Animais vivendo no escuro e deitados no próprio excremento. Vidinha boa, não? E aí, você vai ficar só olhando ou vai fazer alguma coisa?
Go vegan!
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
"Franguinho" com macarrão
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Refeição simples, mas altamente nutritiva e deliciosa. Perfeita pra uma quarta-feira corrida!
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Sobre cretinos covardes
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Versão minha do que o imbecil disse: "Minha maior extravagância são casacos de pele - eu tenho todos os tipos de pele animal no meu guarda-roupa. Só estou querendo que os defensores de direitos animais me joguem tinta vermelha."
Esse infeliz colabora com uma indústria que traz um enorme sofrimento aos pobres bichos. É sabido mundialmente que os casacos de pele, de couro e aqueles com capuz de pele são obtidos de forma horripilante. É um absurdo que esse tipo de comércio ainda seja legal.
Mas já que eu não posso fazer muito mais do que isso, espero sinceramente que a lei do karma volte com tudo pra cima desse cara um dia desses. Fico aqui no aguardo.
Se você quiser se informar um pouco mais sobre as indústrias da pele e do couro (o que é ótimo pois você vai poder espalhar a mensagem por aí) e comprovar como essa figura ridícula da foto acima está colaborando com uma crueldade sem limites contra animais inocentes, dê um pulo no site do PEA, uma organização brasileira sensacional.
Inspired by Elaine Vigneault.
domingo, 7 de dezembro de 2008
Quiche vegano de brócoli com alho-poró
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
7/12 Dia Internacional dos Direitos Animais
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Tema: LUGAR DE ANIMAL NÃO É NO CIRCO
Data: Domingo, 7 de dezembro
Local: São Paulo - Av. Paulista esq. Min. Rocha Azevedo
Como chegar: metrô Trianon
Horário: 10h30
Organização: Holocausto Animal e VEDDAS
Apoio: Surya – cosméticos sem crueldade
Via Holocausto Animal
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Batata doce, um molho especial e uma ótima barganha
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Pra começar, descasque a batata doce e passe no processador pra ralar. Frite-a numa frigideira grande ou panela wok com um pouquinho de azeite de oliva, sal e pimenta. Mexa de vez em quando pra cozinhar por igual. Em 5 minutos já deve estar pronta. Desligue o fogo.
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Depois da tempestade...
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APRABLU
Banco BESC, Bando do Estado de Santa Catarina. N. 027
Agência 003
Conta: 119.206-8
CNPJ: 03.585.420/0001-75
Para fazer o depósito em outras cidades, é só fazer pela internet, usando o número do banco ou entrando em contato atraves do e-mail: aprablu@terra.com.br
Contato: Barbara
Obrigada por pensar, também, nos bichos!
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Thanksgiving
O mês de novembro é friozinho e gostoso. Aqui em Nova York, então, é lindo, com as árvores todas coloridas em amarelo, bege, marrom, vermelho... E novembro também tem um feriado muito importante pra esse país, o Dia de Ação de Graças, ou Thanksgiving. Ele acontece essa semana, na quinta e sexta-feiras.
Esse feriado, infelizmente, traz a sina que os perus sofrem aqui nos EUA (a mesma que eles sofrem no Brasil no Natal). O prato favorito da família americana, durante o feriado de Ação de Graças, é o peru.
POR FAVOR, este ano, poupe um peru. Experimente fazer uma ceia verdadeiramente vegetariana e dê graças DE VERDADE, sem crueldade, sem sangue.
Point of View
by Shel Silverstein
Thanksgiving dinner's sad and thankless
Christmas dinner's dark and blue
When you stop and try to see it
From the turkey's point of view.
Sunday dinner isn't sunny
Easter feasts are just bad luck
When you see it from the viewpoint
of a chicken or a duck.
Oh how I once loved tuna salad
Pork, lobsters, lamb chops too
Til I stopped and looked at dinner
From the dinner's point of view.
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E Feliz Dia de Ação de Graças!
Esse feriado, infelizmente, traz a sina que os perus sofrem aqui nos EUA (a mesma que eles sofrem no Brasil no Natal). O prato favorito da família americana, durante o feriado de Ação de Graças, é o peru.
POR FAVOR, este ano, poupe um peru. Experimente fazer uma ceia verdadeiramente vegetariana e dê graças DE VERDADE, sem crueldade, sem sangue.
Point of View
by Shel Silverstein
Thanksgiving dinner's sad and thankless
Christmas dinner's dark and blue
When you stop and try to see it
From the turkey's point of view.
Sunday dinner isn't sunny
Easter feasts are just bad luck
When you see it from the viewpoint
of a chicken or a duck.
Oh how I once loved tuna salad
Pork, lobsters, lamb chops too
Til I stopped and looked at dinner
From the dinner's point of view.
E Feliz Dia de Ação de Graças!
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Pizza do bem
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Sexta Feira Mundial Sem Pele, dia 28
28 de Novembro - Sexta Feira Mundial Sem Pele
A Coalizão Internacional Anti-Pele (International Anti-Fur Coalition) decidiu criar um novo evento internacional em conjunto com a Sexta-Feira sem Pele (Fur Free Friday, em inglês) aqui nos EUA, que é tradicionalmente realizada na sexta-feira seguinte ao Dia de Ação de Graças, o feriado em que o comércio é mais movimentado, perto do Natal.
A Coalizão não só aderiu à FFF, mas também deu a ela proporções globais, nomeando-a Sexta-Feira Mundial sem Pele (WFFF). Nesse dia, mais de quarenta manifestações contra o uso de pele animal acontecerão ao redor do mundo.
Em São Paulo o protesto será realizado pelo Grupo Holocausto Animal:
Data: 28/11 - Sexta-Feira
Local: Av. Paulista, 900 (em frente ao Ed. Gazeta)
Horário: à partir das 10h.
Como chegar: descer no metrô Brigadeiro ou metrô Trianon.
Informações via Fabio Paiva do Holocausto Animal e Anti-fur Coalition
Aqui em Nova York, o protesto começa a partir da 1 da tarde em frente à loja Lord & Taylor, na Quinta Avenida com a rua 38. A marcha segue rua abaixo até a Macy's da 1:45 às 3 da tarde. O endereço da Macy's é o número 151 da rua 34 (entre a Sétima Avenida e a Broadway).
*Fotos via Peta
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Lobos em pele de raposa
Quando moda vira sinônimo de burrice
Protesto real
A matança recomeça
Sobre pele e mau gosto
Contra o uso de pele e couro
Por amor, não compre couro nem pele!
A Coalizão Internacional Anti-Pele (International Anti-Fur Coalition) decidiu criar um novo evento internacional em conjunto com a Sexta-Feira sem Pele (Fur Free Friday, em inglês) aqui nos EUA, que é tradicionalmente realizada na sexta-feira seguinte ao Dia de Ação de Graças, o feriado em que o comércio é mais movimentado, perto do Natal.
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Em São Paulo o protesto será realizado pelo Grupo Holocausto Animal:
Data: 28/11 - Sexta-Feira
Local: Av. Paulista, 900 (em frente ao Ed. Gazeta)
Horário: à partir das 10h.
Como chegar: descer no metrô Brigadeiro ou metrô Trianon.
Informações via Fabio Paiva do Holocausto Animal e Anti-fur Coalition
Aqui em Nova York, o protesto começa a partir da 1 da tarde em frente à loja Lord & Taylor, na Quinta Avenida com a rua 38. A marcha segue rua abaixo até a Macy's da 1:45 às 3 da tarde. O endereço da Macy's é o número 151 da rua 34 (entre a Sétima Avenida e a Broadway).
*Fotos via Peta
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segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Mini-bolinhos de arroz ao forno
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Croquetes:
- Aproximadamente 1 xícara e 1/2 de arroz (branco, basmati, jasmin ou integral) cozido, frio
- A receita original pediu 1/2 abacate pequeno amassado, eu usei 3 colheres (sopa) de tahini caseiro, aquele molho de gergelim
- 1/2 xícara de água morna
- 3 colheres (sopa) de levedura nutricional (a receita original pede que você enrole os bolinhos, depois de preparados, em levedura nutricional também. Eu usei farinha de rosca ou de pão)
- 1 colher (sopa) de salsinha fresca, picada
- 1/2 colher (chá) de orégano
- Pitada de noz-moscada
- Sal e pimenta a gosto
- 1/2 xícara de farinha de rosca ou de pão, pra empanar.
*A receita rendeu uns 15-18 mini-croquetes.
Pré-aqueça o forno a 350 graus Farenheit (ou 140-150 centígrados).
Ponha o arroz numa tigela média. Adicione o tahini, a água morna e a levedura nutricional e amasse tudo muito bem com um garfo ou com aquele amassador de batatas com o qual você faz purê. Adicione agora todos os outros ingredientes (menos a farinha de rosca) e misture tudo muito bem com uma colher.
Faça as bolotas e passe uma a uma na farinha de rosca. Coloque cada uma numa fôrma, em cima de uma folha de papel laminado com um pouquinho de azeite espalhado. Aumente a temperatura do forno pra 400 ou 450 Farenheit (uns 200 centígrados). Leve ao forno por uns 25 minutos, virando os bolinhos a cada 5 minutos mais ou menos, pra que assem igualmente. (Se quiser, você pode fritá-los em vez de assá-los).
Sirva com palitinhos, pra que os mini-bolinhos possam ser mergulhados no molho abaixo.
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- 1 colher (sopa) de missô
- 1 colher e 1/2 (chá) de pasta de wasabi (aquela raíz forte comumente servida com sushi)
- 1 colher (chá) de óleo de gergelim
- 3 colheres (sopa) de água morna
- 1 colher (sopa) de agave nectar
- 1 colher (chá) de salsinha picada bem fininho
Misture bem todos os ingredientes e sirva.
Inspired by Urban Vegan.
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Usando o forno
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Cheios de boas intenções
O texto abaixo, copiado inteirinho do blog O errante navegante, é do Rafael Jacobsen.
O que há de comum entre a modelo Isabeli Fontana, o ornitólogo Alexandre Aleixo e um macaco bonzinho? Para responder essa pergunta aparentemente sem nexo, é melhor conhecermos um pouco mais de cada um deles.
Isabeli Fontana é uma famosa modelo brasileira que, no dia 24 de outubro de 2008, teve a felicidade de comemorar os dois aninhos de seu caçula, o Lucas. Isabeli montou um pequeno zoológico na festa. “Fiz questão de colocar os bichinhos para as crianças terem esse contato com a natureza, que eu acho muito importante”, explicou. A decisão da fez sucesso entre os pequenos convidados do aniversário. O aniversariante adorou a surpresa e mostrou afinidade com os coelhos e seus filhotinhos. “Levar para casa, nem pensar”, alertou a top. As fotos veiculadas pela imprensa mostram um pouco de como foi lúdico e bucólico esse pretenso “contato com a natureza”: patos, coelhos , galinhas e outros bichos se espremiam em gaiolas minúsculas, muito provavelmente em um ambiente cheio de gritos de crianças entremeados às mais novas pérolas da música infantil. A imprensa não entrou em detalhes a respeito do cardápio, mas não é difícil adivinhar que cachorrinhos-quentes, coxinhas e doces atolados e ovos e laticínios marcaram presença.
Já Alexandre Aleixo é um ícone da ornitologia e da preservação ambiental no Brasil. Além disso, é exímio caçador de passarinhos. Em suas pesquisas na floresta, sempre leva uma espingarda calibre 16. Derruba das árvores tucanos, mutuns e arapaçus. À bala. Os animais abatidos são empalhados e levados para a coleção de ornitologia de um museu no Pará. Apesar de admitir que, no começo, não foi fácil matar os animais para estudá-los, hoje se sente tranqüilo com o ato, pois, como aprendeu com seus sábios professores, não há alternativa senão “coletá-los”. Outro aspecto que lhe serve para apascentar a alma e dormir em paz de noite com seu travesseirinho é, em suas próprias palavras, o fato de não se considerar “um indivíduo de uma espécie especial e glorificada da natureza, como muitos entendem a humanidade”. Essa lição de humildade o fez ver que o hábito humano de sacrificar animais não é isolado na natureza, pois os predadores fazem isso como atividade essencial para sua sobrevivência. De acordo com a lógica nada lógica de Aleixo, se o leão da savana africana está com fome e ataca o gnu, podemos fuzilar pássaros tranqüilamente. Uma coisa leva à outra, é claro.
E o macaquinho? Pois bem: num canto do Brasil, vivia um macaco que era conhecido por sua extrema bondade e por gostar de ajudar os outros animais. Um dia, o macaco aproximou-se de um rio e ficou observando suas águas claras. Viu um pequeno peixe que passeava em busca de alimento, sem se preocupar com a sua presença. O macaco ficou então muito preocupado, achando que o peixe estava com frio e poderia morrer afogado naquele imenso rio. Resolveu ajudar o pobre peixinho. Arriscando-se em cima de um tronco que flutuava, conseguiu agarrar o peixe em seu passeio. Sentiu então que ele estava gelado e pensou no frio que ele, pobrezinho, tinha passado, sem que ninguém o ajudasse. Decidiu então levá-lo para casa e esquentá-lo em seus pêlos. Ao acordar na manhã seguinte, viu que o peixinho estava morto. Ficou triste, mas não se preocupou demais, pois sabia que tinha tentado tudo para ajudar o amigo.
E então: o que há de comum entre eles? Basicamente duas coisas. A primeira é que adoram os animais e a natureza. A segunda (e mais perigosa) é que estão cheios de boas intenções.
O que nenhum dos três aparentemente sabe é que para “cuidar” dos animais e da natureza não precisamos gostar deles, nem ao menos ter boas intenções. Basta que respeitemos os animais como seres sensíveis e conscientes que são e a natureza toda como o mecanismo poderoso que é e do qual somos apenas uma ínfima peça. Não precisamos fazer muito. Aliás, não precisamos fazer nada. Precisamos, sim, deixar de fazer muitas coisas. Precisamos parar de encarar animais como produtos, que servem para tudo, desde nos fornecer comida até fazerem as vezes de objetos de decoração em nossas festas, lado a lado com balões e bonecos de plástico. Precisamos parar de encarcerar animais para exibi-los e, ainda, acreditarmos que, com isso, fazemos o bem. Precisamos parar de, pretensiosamente, acreditar que a salvação da natureza está em nossas mãos e que, se julgarmos preciso, devemos fuzilar animais para catalogá-los. Precisamos parar de pensar de maneira antropocêntrica e aceitar as mais simples verdades: animais não gostam de estar em gaiolas, animais não querem ser comidos, animais têm o seu ambiente natural e não se importam nem um pouco com nossos catálogos. Assim procedendo, estaremos aptos para encarar a mais elementar (mas também a mais desconcertante) dessas verdades: a natureza não precisa de nós, humanos, para nada. Pelo contrário, o que de melhor podemos fazer por ela é deixá-la em paz.
Na ânsia de conhecer, de compreender, de admirar a beleza associada à natureza e aos animais, fazemos as piores atrocidades possíveis. Mas sempre cheios de boas intenções.
Esquecemos, porém, que há um “certo lugar” que está repleto de pessoas assim como nós, cheias de boas intenções. O inferno? Sim, mas não um mítico e sulfuroso inferno post mortem: com tantas boas intenções, o inferno é aqui e agora.
O que há de comum entre a modelo Isabeli Fontana, o ornitólogo Alexandre Aleixo e um macaco bonzinho? Para responder essa pergunta aparentemente sem nexo, é melhor conhecermos um pouco mais de cada um deles.
Isabeli Fontana é uma famosa modelo brasileira que, no dia 24 de outubro de 2008, teve a felicidade de comemorar os dois aninhos de seu caçula, o Lucas. Isabeli montou um pequeno zoológico na festa. “Fiz questão de colocar os bichinhos para as crianças terem esse contato com a natureza, que eu acho muito importante”, explicou. A decisão da fez sucesso entre os pequenos convidados do aniversário. O aniversariante adorou a surpresa e mostrou afinidade com os coelhos e seus filhotinhos. “Levar para casa, nem pensar”, alertou a top. As fotos veiculadas pela imprensa mostram um pouco de como foi lúdico e bucólico esse pretenso “contato com a natureza”: patos, coelhos , galinhas e outros bichos se espremiam em gaiolas minúsculas, muito provavelmente em um ambiente cheio de gritos de crianças entremeados às mais novas pérolas da música infantil. A imprensa não entrou em detalhes a respeito do cardápio, mas não é difícil adivinhar que cachorrinhos-quentes, coxinhas e doces atolados e ovos e laticínios marcaram presença.
Já Alexandre Aleixo é um ícone da ornitologia e da preservação ambiental no Brasil. Além disso, é exímio caçador de passarinhos. Em suas pesquisas na floresta, sempre leva uma espingarda calibre 16. Derruba das árvores tucanos, mutuns e arapaçus. À bala. Os animais abatidos são empalhados e levados para a coleção de ornitologia de um museu no Pará. Apesar de admitir que, no começo, não foi fácil matar os animais para estudá-los, hoje se sente tranqüilo com o ato, pois, como aprendeu com seus sábios professores, não há alternativa senão “coletá-los”. Outro aspecto que lhe serve para apascentar a alma e dormir em paz de noite com seu travesseirinho é, em suas próprias palavras, o fato de não se considerar “um indivíduo de uma espécie especial e glorificada da natureza, como muitos entendem a humanidade”. Essa lição de humildade o fez ver que o hábito humano de sacrificar animais não é isolado na natureza, pois os predadores fazem isso como atividade essencial para sua sobrevivência. De acordo com a lógica nada lógica de Aleixo, se o leão da savana africana está com fome e ataca o gnu, podemos fuzilar pássaros tranqüilamente. Uma coisa leva à outra, é claro.
E o macaquinho? Pois bem: num canto do Brasil, vivia um macaco que era conhecido por sua extrema bondade e por gostar de ajudar os outros animais. Um dia, o macaco aproximou-se de um rio e ficou observando suas águas claras. Viu um pequeno peixe que passeava em busca de alimento, sem se preocupar com a sua presença. O macaco ficou então muito preocupado, achando que o peixe estava com frio e poderia morrer afogado naquele imenso rio. Resolveu ajudar o pobre peixinho. Arriscando-se em cima de um tronco que flutuava, conseguiu agarrar o peixe em seu passeio. Sentiu então que ele estava gelado e pensou no frio que ele, pobrezinho, tinha passado, sem que ninguém o ajudasse. Decidiu então levá-lo para casa e esquentá-lo em seus pêlos. Ao acordar na manhã seguinte, viu que o peixinho estava morto. Ficou triste, mas não se preocupou demais, pois sabia que tinha tentado tudo para ajudar o amigo.
E então: o que há de comum entre eles? Basicamente duas coisas. A primeira é que adoram os animais e a natureza. A segunda (e mais perigosa) é que estão cheios de boas intenções.
O que nenhum dos três aparentemente sabe é que para “cuidar” dos animais e da natureza não precisamos gostar deles, nem ao menos ter boas intenções. Basta que respeitemos os animais como seres sensíveis e conscientes que são e a natureza toda como o mecanismo poderoso que é e do qual somos apenas uma ínfima peça. Não precisamos fazer muito. Aliás, não precisamos fazer nada. Precisamos, sim, deixar de fazer muitas coisas. Precisamos parar de encarar animais como produtos, que servem para tudo, desde nos fornecer comida até fazerem as vezes de objetos de decoração em nossas festas, lado a lado com balões e bonecos de plástico. Precisamos parar de encarcerar animais para exibi-los e, ainda, acreditarmos que, com isso, fazemos o bem. Precisamos parar de, pretensiosamente, acreditar que a salvação da natureza está em nossas mãos e que, se julgarmos preciso, devemos fuzilar animais para catalogá-los. Precisamos parar de pensar de maneira antropocêntrica e aceitar as mais simples verdades: animais não gostam de estar em gaiolas, animais não querem ser comidos, animais têm o seu ambiente natural e não se importam nem um pouco com nossos catálogos. Assim procedendo, estaremos aptos para encarar a mais elementar (mas também a mais desconcertante) dessas verdades: a natureza não precisa de nós, humanos, para nada. Pelo contrário, o que de melhor podemos fazer por ela é deixá-la em paz.
Na ânsia de conhecer, de compreender, de admirar a beleza associada à natureza e aos animais, fazemos as piores atrocidades possíveis. Mas sempre cheios de boas intenções.
Esquecemos, porém, que há um “certo lugar” que está repleto de pessoas assim como nós, cheias de boas intenções. O inferno? Sim, mas não um mítico e sulfuroso inferno post mortem: com tantas boas intenções, o inferno é aqui e agora.
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quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Spaghetti com brócoli e tofu
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D-E-L-Í-C-I-A!
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Cuscuz marroquino
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Cuscuz marroquino nada mais é que massa, como lasanha ou spaghetti, só que cortada em bolinhas bem pequenininhas. É um ingrediente muito usado na cozinha árabe e ótimo substituto do arroz ou batata, pra quando você quer variar o acompanhamento. Cuscuz instantâneo é barato e muito fácil de achar aqui nos EUA; tem em todo supermercado. Espero que no Brasil também. Essa marca por exemplo, é ótima.
E falando em cozinha vegana, olha que lista útil a Elaine compilou lá no Cantinho Vegetariano. Para veganos e simpatizantes. :)
domingo, 9 de novembro de 2008
Lobos em pele de raposa
A edição de dezembro da revista Vanity Fair traz na capa e no recheio uma das minhas atrizes favoritas, Kate Winslet, posando de Belle de Jour. Maravilhosa.
Aí que numa das fotos do ensaio (a que você vê acima), a atriz aparece nua, deitada sobre um sofá coberto com pele de raposa. Quando vi achei um papelão. Já falei aqui sobre o que eu acho do uso de pele animal, e fiquei decepcionada quando vi a foto.
Acontece que a atriz foi engabelada e pensava estar posando sobre pele sintética. Ela é terminantemente contra e fez questão de confirmar com antecedência que a pele era mesmo falsa. Ficou, como eu ficaria, P da vida quando descobriu que tinham mentido e a pele não era falsa, mas de raposa mesmo e a revista Vanity Fair foi obrigada a publicamente se desculpar com a moça.
E se aconteceu com a Kate pode facilmente acontecer com qualquer um. Quando você pensar em comprar um daqueles casacos de capuz com pêlo, lembre-se de que muitos que dizem ser sintéticos, são na verdade pêlo de cachorro, made in China, arrancado com o bicho ainda vivo, sem anestesia, sem dó.
Na dúvida, não compre esse tipo de casaco, ou qualquer coisa com pele.
*"Aqui está o resto do seu casaco de pele".
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Acontece que a atriz foi engabelada e pensava estar posando sobre pele sintética. Ela é terminantemente contra e fez questão de confirmar com antecedência que a pele era mesmo falsa. Ficou, como eu ficaria, P da vida quando descobriu que tinham mentido e a pele não era falsa, mas de raposa mesmo e a revista Vanity Fair foi obrigada a publicamente se desculpar com a moça.
E se aconteceu com a Kate pode facilmente acontecer com qualquer um. Quando você pensar em comprar um daqueles casacos de capuz com pêlo, lembre-se de que muitos que dizem ser sintéticos, são na verdade pêlo de cachorro, made in China, arrancado com o bicho ainda vivo, sem anestesia, sem dó.
Na dúvida, não compre esse tipo de casaco, ou qualquer coisa com pele.
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sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Strictly Roots, Harlem
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Fomos lá pra um brunch e saboreamos uma comidinha deliciosa vegana, inspirada na cozinha caribenha. Clique na foto ao lado pra ampliá-la e ler a pintura na parede interna do restaurante. Achei bem legal. Ela diz: "Bem-vindos ao Strictly Roots - Nós não servimos nada que rasteja, que nada, anda ou voa".
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quarta-feira, 5 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Risoto de brócoli e cogumelos
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Ingredientes:
- 4 colheres (sopa) de cebola picada
- 1 colher (sopa) de margarina vegana
- 4 colheres (sopa) de azeite
- 60 ml de vinho branco
- 2 xícaras (chá) de arroz arbóreo
- 6 xícaras (chá) de caldo de legumes
- Sal a gosto
- 50 gramas de brócoli
- 50 gramas de cogumelo fresco em fatias
Refogue a cebola picada no azeite. Quando estiver translúcida, acrescente o arroz arbóreo e refogue, pra que os grãos absorvam toda a gordura. Acrescente o vinho branco e refogue mais um pouco. Adicione 1/3 do caldo, abaixe o fogo e deixe cozinhar sem a tampa na panela. Quando estiver quase seco, acrescente a metade do caldo restante. Mexa mais um pouco, pra não pegar no fundo da panela. Acrescente o brócoli, o cogumelo fatiado, o sal e o restante do caldo e mexa um pouco mais. Quando estiver quase seco novamente, retire a panela do fogo e acrescente a margarina vegana. Mexa bem até o final do cozimento.
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Obrigada por escolher a compaixão!
sábado, 1 de novembro de 2008
World Vegan Day!
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Hoje é dia de comemorar a vida de todos os animais que têm sido salvos graças a atitude de tanta gente espalhada pelo mundo e que se preocupa e tem consciência do que vai num prato de comida ou numa roupa ou acessório comprado. A responsabilidade de enxergar os animais, essa criaturas maravilhosas, como o que realmente são, e não tratá-los como coisas inanimadas, como se não sentissem dor, é de cada um e a atitude de cada um de nós nesse planeta faz uma diferença enorme.
Como eu já disse várias vezes aqui, ter me tornado vegana (ou vegan, aqui nos EUA) foi uma das melhores escolhas que eu fiz na vida. Não só fiquei com a consciência mais leve, mas me sinto muito mais saudável, mais bonita e tenho mais energia.
No dia de hoje, queria pedir a você que está lendo este blog e ainda não é vegano, que tente pelo menos 1 ou 2 dias por mês (ou por semana, conforme você quiser ou puder) passar o dia se alimentando de comidinhas 100% livres de ingredientes animais. O efeito que isso terá no planeta é enorme e pense nas vidas que você vai estar poupando, ou seja, salvando, através de uma escolha e atitude tão simples. Sim, NÓS VEGANOS ESTAMOS SALVANDO VIDAS! As vidas de seres tão amados e que não têm voz nesse mundo. Pense nisso.
Se você quiser ou precisar de dicas do que comer nesses dias em que você pretende veganizar, é só me avisar e eu sugiro um cardápio bem simples e gostoso.
Depois me conte se a sensação no seu corpo, mente e espírito não foi ótima. :)
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Happy World Vegan Day! Go Vegan!
*Photo: me :-)
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